
Bras�lia - A movimenta��o pol�tica pela demiss�o do ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, ganhou mais corpo com a manifesta��o p�blica da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).
Em comunicado divulgado nessa sexta-feira (26/03) a entidade pede a substitui��o do l�der da pasta, sob a justificativa de "recuperar a imagem do pa�s no exterior" antes que a condu��o comprometa, "ainda mais, a inescap�vel e urgente aquisi��o de vacinas contra o coronav�rus".
Em comunicado divulgado nessa sexta-feira (26/03) a entidade pede a substitui��o do l�der da pasta, sob a justificativa de "recuperar a imagem do pa�s no exterior" antes que a condu��o comprometa, "ainda mais, a inescap�vel e urgente aquisi��o de vacinas contra o coronav�rus".
O destaque vai para a postura contr�ria de Ara�jo quanto � participa��o do Brasil no cons�rcio Covax Facility, fundo multilateral montado para aquisi��o de vacinas avaliadas e aprovadas pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).
“For�oso destacar que o pa�s poderia ter optado, neste arranjo multilateral liderado pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), pela compra de 168 milh�es de doses, quatro vezes mais do que o contratado", acrescenta o texto.
Ap�s sabatina do ministro em audi�ncia no Senado, na quarta-feira, para prestar esclarecimentos sobre as a��es para promover negocia��es de vacinas, a insatisfa��o ganhou ainda mais for�as. Caso o presidente da Rep�blica n�o acate a demanda, o Senado pode pressionar o Planalto barrando mat�rias importantes do Executivo.
Depois da sabatina, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), refor�ou as cr�ticas contra o chanceler. Ele disse que a diplomacia do pa�s precisa de mudan�as porque “ainda est� falha”. O senador evitou falar na demiss�o do chanceler, mas cobrou rea��o do chefe do Executivo.
"A perman�ncia ou a sa�da do ministro, de qualquer que seja ele, � uma decis�o que cabe ao presidente da Rep�blica. O que nos cabe enquanto Senado, C�mara, enquanto Parlamento, � cobrar e fiscalizar as a��es do minist�rio. Consideramos que a pol�tica externa do Brasil ainda est� falha, precisa ser corrigida. � preciso melhorar a rela��o com os demais pa�ses, incluindo a China, porque � o maior parceiro comercial do Brasil", afirmou Pacheco.
"A perman�ncia ou a sa�da do ministro, de qualquer que seja ele, � uma decis�o que cabe ao presidente da Rep�blica. O que nos cabe enquanto Senado, C�mara, enquanto Parlamento, � cobrar e fiscalizar as a��es do minist�rio. Consideramos que a pol�tica externa do Brasil ainda est� falha, precisa ser corrigida. � preciso melhorar a rela��o com os demais pa�ses, incluindo a China, porque � o maior parceiro comercial do Brasil", afirmou Pacheco.
De acordo com o parlamentar, as cr�ticas contra Ernesto n�o s�o apenas por conta do ministro em si, mas porque faltam ideias e propostas. “O presidente (Bolsonaro) apenas ouviu e veremos o que pode ser feito. Na verdade, com ministro A ou ministro B, o que importa � um minist�rio que funcione e isso que desejamos com o Minist�rio das Rela��es Exteriores”, observou o senador.
"A pol�tica externa do Brasil precisa melhorar, precisamos ter melhores rela��es com todos os pa�ses que podem nos ajudar neste momento e que n�s ao longo da hist�ria ajudamos. Demos seguran�a alimentar, temos um apelo ambiental, pelo menos biomas que s�o muito importantes para o mundo, inclusive o bioma amaz�nico e esse valor do Brasil precisa ser reconhecido pela comunidade internacional", completou Pacheco.
ASSESSOR
Por press�o do Senado, o presidente Jair Bolsonaro deve afastar do cargo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presid�ncia, Filipe Martins. Fontes do Pal�cio informaram ontem que o plano de Bolsonaro � tirar Martins de sua assessoria mais direta, mas n�o abandon�-lo por completo.
O Pal�cio do Planalto busca agora uma sa�da para n�o desagradar � milit�ncia bolsonarista conservadora e ideol�gica, que tem no auxiliar do presidente um de seus principais nomes no governo.
Martins est� prestar a perder o cargo por ter repetido na quarta-feira, durante a sabatina do chanceler Ernesto Ara�jo, um gesto que os senadores interpretaram como ofensivo, ligado a supremacistas brancos.
Enquanto Rodrigo Pacheco falava ao vivo na transmiss�o pela TV, Martins, que estava sentado atr�s dele, gesticulou com o polegar fechado formando um c�rculo com o indicador, como um "ok", e os demais dedos esticados. Balan�ou a m�o algumas vezes, como se enfatizasse o gesto.
Enquanto Rodrigo Pacheco falava ao vivo na transmiss�o pela TV, Martins, que estava sentado atr�s dele, gesticulou com o polegar fechado formando um c�rculo com o indicador, como um "ok", e os demais dedos esticados. Balan�ou a m�o algumas vezes, como se enfatizasse o gesto.
Senadores logo protestaram, associando o sinal a um xingamento obsceno e a uma mensagem de �dio pela qual o assessor formaria as letras WP (white power), uma sauda��o de supremacistas brancos. Martins negou qualquer associa��o com discurso de �dio. Disse que estava apenas arrumando o palet�, mas n�o convenceu os senadores.
"A oposi��o ao governo atingiu um estado de decad�ncia t�o profundo que tenta tumultuar at� em cima de assessor ajeitando o pr�prio terno. S�o os mesmos que veem gesto nazista em ora��o, que forjam su�sticas e que chamam de antissemita o governo mais pr�-Israel da hist�ria", escreveu o assessor no Twitter.
"A oposi��o ao governo atingiu um estado de decad�ncia t�o profundo que tenta tumultuar at� em cima de assessor ajeitando o pr�prio terno. S�o os mesmos que veem gesto nazista em ora��o, que forjam su�sticas e que chamam de antissemita o governo mais pr�-Israel da hist�ria", escreveu o assessor no Twitter.
Pacheco determinou que as imagens fossem investigadas pela Pol�cia Legislativa (mais informa��es nesta p�gina). Ao Planalto, o presidente do Senado fez chegar o aviso de que quer dar uma satisfa��o aos colegas, que se sentiram ofendidos.