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Estado de Minas VAZAMENTO

'FT ajudou a eleger o Bozo': veja di�logos hackeados da Lava-Jato

Texto foi destinado ao procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da hoje extinta for�a-tarefa, no dia 28 de mar�o de 2019


29/03/2021 15:00 - atualizado 29/03/2021 17:20


A defesa do ex-presidente Luiz In�cio da Silva segue apresentando ao Supremo Tribunal Federal relat�rios de an�lise das mensagens apreendidas na Opera��o Spoofing - investiga��o que mirou hackers que invadiram celulares de autoridades como o ex-juiz S�rgio Moro e procuradores da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato.

Em uma das mensagens que constam no 13º parecer enviado ao ministro Ricardo Lewandowski na manh� desta segunda, 29, uma procuradora chamada Jerusa escreveu: " Temos que entender que a FT (for�a-tarefa) ajudou a eleger Bozo (Jair Bolsonaro), e que, se ele atropelar a democracia, a LJ (Lava-Jato) ser� lembrada como apoiadora. Eu, pessoalmente, me preocupo muito com isso".

O texto foi destinado ao procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da hoje extinta for�a-tarefa, no dia 28 de mar�o de 2019. O contexto da frase seria uma tentativa de 'reaproxima��o com os jornalistas': "Minha opini�o � de que precisamos nos desvincular do Bozo, s� assim os jornalistas v�o novamente ver a credibilidade e apoiar a LJ".

O contexto da mensagem foi a determina��o que partiu de Bolsonaro, em 2019, para que o Minist�rio da Defesa fizesse as 'comemora��es devidas' do anivers�rio do 31 de mar�o de 1964, quando um golpe militar derrubou o ent�o presidente Jo�o Goulart e iniciou um per�odo ditatorial que durou 21 anos.

"Agora, com a 'comemora��o da ditadura' (embora n�o tenha vincula��o direta com o combate � corrup��o), estamos em sil�ncio nas redes sociais", disse a procuradora a Deltan. Segundo ela, 'defender a democracia' naquele momento 'seria um bom in�cio de reaproxima��o com a grande imprensa'.

"N�o prezamos a democracia? concordamos, como os defensores de bozo, que ditadura foram os 13 anos de governo PT? a LJ teria se desenvolvido numa ditadura? sei que h� uma preocupa��o com a perda de apoio dos bolsominions, mas eles diminuem a cada dia. o governo perde for�a, pelos atropelos, recuos e trapalhadas, a cada dia. converse com as pessoas: poucos ainda admitem que votaram no bozo (nao sei como Amoedo nao foi eleito no 1º turno pq ultimamente, so me falam que votaram nele)", seguiu a procuradora.

No relat�rio enviado ao Supremo, os advogados de Lula destacam ainda di�logos de um chat com participa��o do ex-presidente da Associa��o Nacional de Procuradores da Rep�blica e integrantes da 'for�a-tarefa' da Lava-Jato.

Al�m disso, os advogados do ex-presidente sustentam que a antiga dire��o da ANPR consultou o grupo de procuradores de Curitiba antes de emitir notas relacionadas a opera��es que atingiram Lula, como texto divulgado no dia da condu��o coercitiva do petista (04.03.2016) e quando foi apresentada den�ncia contra o ex-presidente, o dia 'coletiva do PowerPoint (15.09.16).

Na esteira de um pontos t�picos levantados no julgamento que declarou a suspei��o do ex-juiz S�rgio Moro no caso do triplex - a quebra de sigilo que atingiu o escrit�rio dos advogados do presidente - a defesa ainda menciona outros di�logos que teriam rela��o com os defensores do presidente.

Um das mensagens atribu�das ao procurador Deltan Dallagnol, datada de fevereiro de 2018, registra: "Temos que avaliar esses pagamentos se n�o s�o prioridade para o RJ. Tem algum grupo que j� estava tratando disso? Algu�m j� tinha afastado o sigilo do escrit�rio? Se n�o, � uma oportunidade de ouro pra isso a partir do compartilhamento". Junto do texto, teria sido encaminhada uma mat�ria intitulada 'Escrit�rio que defende Lula foi quem mais recebeu da Fecom�rcio do TJ'.

COM A PALAVRA, O PROCURADOR JOS� ROBALINHO

� reportagem, o procurador afirmou que assinou como presidente da ANPR 'uma centena de notas' e que, durante os quatro anos que passou na entidade, a din�mica de produ��o de notas era a mesma: "um colega � atingido com alguma quest�o, ele entrava em contato com a ANPR, a nota era preparada, passava pela diretoria e passava de volta para a pessoa - isso era sempre assim, em todos os casos". "Defendemos a Lava-Jato a pedido da Lava-Jato, quando ela era atacada", completou o procurador. Sobre os di�logos mencionados no chat, o procurador registrou que os grupos foram apagados e que n�o se recorda.


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