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Estado de Minas POL�TICA

Para deputados do Centr�o, � preciso manter 'vigil�ncia'


31/03/2021 07:49

As demiss�es do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e dos comandantes da Marinha, do Ex�rcito e da Aeron�utica criaram um clima de apreens�o no Centr�o, base de apoio do presidente Jair Bolsonaro no Congresso. Na avalia��o de deputados, � preciso manter a "vigil�ncia" diante das mudan�as abruptas promovidas no comando das For�as Armadas e da motiva��o do presidente para faz�-las.

Generais teriam se recusado a referendar posi��es pol�ticas do governo e a confrontar os demais Poderes nas vezes em que contrariaram Bolsonaro. Azevedo e Silva foi demitido do cargo pelo presidente em uma reuni�o que durou apenas alguns minutos, na tarde de anteontem. "Preservei as For�as Armadas como institui��es de Estado", escreveu ele ao deixar o governo. Na manh� desta ter�a, 30, foi a vez de Edson Leal Pujol (Ex�rcito), Ilques Barbosa J�nior (Marinha) e Ant�nio Carlos Bermudez (Aeron�utica) serem demitidos em uma reuni�o com o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

Embora os comandantes das tr�s For�as j� cogitassem entregar os cargos, eles n�o puderam falar sobre o assunto: Braga Netto abriu o encontro anunciando a demiss�o dos tr�s. Segundo disse o novo ministro, as mudan�as foram necess�rias para garantir o "realinhamento" das For�as ao governo. � a primeira vez que o comando dos tr�s ramos das For�as Armadas � trocado simultaneamente.

"� um movimento sem precedentes na hist�ria, o que faz com que todo mundo fique receoso. Mas eu sou daqueles que confiam na maturidade das nossa democracia, no compromisso das For�as Armadas com o regime democr�tico e com a Constitui��o. Ficamos receosos, existe vigil�ncia", disse o vice-presidente da C�mara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

O deputado defendeu a convoca��o do general Braga Netto para que ele explique ao Congresso o motivo das trocas no comando militar. "Se n�o h� nada de extraordin�rio (na troca), acho que seria de bom tom, para passar uma mensagem de estabilidade e retirar esse receio que efetivamente existe, o general esclarecer as mudan�as", afirmou Ramos.

Um requerimento convocando o novo ministro da Defesa foi apresentado ontem pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O texto ainda precisa ser aprovado.

"Primeiro, ficou muito claro que o ex-ministro da Defesa (Fernando Azevedo e Silva) e o comando das For�as Armadas estavam muito alinhados com o estado democr�tico de direito (...). Eu acho que essa sa�da em massa mostra um descontentamento, ou um sinal de alerta, sobre algum pedido antirrepublicano ou inconstitucional (feito pelo presidente)", disse o deputado Fausto Pinato (PP-SP).

'Natural'

A preocupa��o, no entanto, n�o alcan�a todos os pol�ticos do Centr�o. Uma parte do bloco de partidos considera que as mudan�as est�o dentro da normalidade e n�o comprometem as For�as Armadas, mesmo que sejam in�ditas. "A independ�ncia (do Ex�rcito, da Marinha e da Aeron�utica) est� preservada", declarou o presidente de um dos principais partidos do grupo, sob anonimato.

"� natural (a mudan�a). Qualquer pasta que est� inserida dentro do governo cabe ao presidente da Rep�blica avaliar se � pass�vel de mudan�a. (Substitui��es) Nessa �rea da Defesa j� aconteceram em outros governos", disse o l�der da bancada do PL na C�mara, deputado Wellington Roberto (PB).

"Eu, que estou aqui h� 25 anos, j� vi, em diversos governos, mudan�as na Defesa. No governo Lula mesmo, o Jos� Alencar, que era o vice-presidente, acumulou o cargo de ministro da Defesa", minimizou o parlamentar.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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