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Estado de Minas TROCA DE COMANDO

Conhe�a o novo comandante do Ex�rcito, defensor das medidas contra a COVID

� frente do Departamento-Geral de Pessoal (GDP) do Ex�rcito, o general foi o respons�vel por a��es que garantiram o baixo cont�gio na tropa pelo coronav�rus


31/03/2021 18:32 - atualizado 31/03/2021 18:51

Entrevista do general Paulo Sérgio ao jornal Correio Braziliense foi o estopim para a crise entre governo e militares(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Entrevista do general Paulo S�rgio ao jornal Correio Braziliense foi o estopim para a crise entre governo e militares (foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Moderado, t�cnico e organizado. Assim � definido por colegas o novo comandante do Ex�rcito, general Paulo S�rgio. Ele foi comandante militar do Norte e tem especialidade em atua��o na �rea da Amaz�nia, tanto em log�stica quanto em seguran�a de fronteira e sa�de.

Respeitado no meio militar, Paulo S�rgio estava, at� agora, � frente das a��es de combate � pandemia da COVID-19 dentro da for�a-terrestre.

 

A dif�cil miss�o de enfrentar o maior desafio de sa�de p�blica do s�culo foi dada ao general em mar�o do ano passado, quando o Brasil registrava os primeiros casos da doen�a, que j� se alastrava na Europa e desafiava a China.

Uma entrevista concedida ao Correio Braziliense, publicada no �ltimo domingo (28/3), foi o estopim para a crise entre o governo e os militares.

 

Paulo S�rgio destacou as a��es de combate � doen�a, adotando medidas totalmente opostas �s colocadas em pr�tica pelo governo federal.

Sob a gest�o do general, o Departamento-Geral de Pessoal (GDP) do Ex�rcito estabeleceu campanhas massivas para o uso de m�scaras, distanciamento, isolamento, testagem em massa e higieniza��o das m�os.

 

O resultado foi uma taxa de mortalidade de 0,13% na for�a. Na popula��o em geral, a mortalidade � de 2,5%. Nos hospitais militares, os medicamentos utilizados s�o baseados em recomenda��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).

Em sentido oposto, o Minist�rio da Sa�de chegou a adotar protocolo endossando o uso de medicamentos sem comprova��o cientifica comprovada contra a doen�a, como hidroxicloroquina e ivermectina.

 

Sob a gest�o de Paulo S�rgio, esses medicamentos s� podem ser usados em consenso entre m�dico e paciente, e o doente deve assinar um termo de responsabilidade reconhecendo os riscos de fazer uso de rem�dios sem efici�ncia contra a doen�a.

A escolha do oficial para o comando de um contingente de 220 mil militares representa um recuo do presidente Jair Bolsonaro e maior influ�ncia das For�as Armadas no governo.

 

O chefe do Executivo decidiu demitir o ent�o ministro Fernando Azevedo ap�s ler a entrevista e mostrar descontentamento com as declara��es. Em seguida, foram demitidos os comandantes do Ex�rcito, da Marinha e da Aeron�utica.

 

Previs�o e testagem

Na entrevista publicada pelo Correio, o general Paulo S�rgio destacou as medidas sanit�rias adotadas na for�a e o sucesso em meio a uma crise sem precedentes.

"Os n�meros s�o relativamente bons em rela��o � popula��o em geral por conta da preven��o que temos. O �ndice de letalidade � muito baixo, menor do que na rede p�blica, gra�as a essa conscientiza��o, essa compreens�o, que � o que eu acho que, se melhorasse no Brasil, provavelmente, o n�mero de contaminados seria bem menor", disse Paulo S�rgio.

 

Ele explicou que as medidas s�o necess�rias para conter a transmiss�o, pois o sistema de sa�de n�o tem capacidade de atender a popula��o, militar ou civil, caso todos adoe�am ao mesmo tempo.

"Iniciamos a opera��o covid com 84 leitos de UTI em toda a rede. Fruto de equipamento comprado e transforma��o da estrutura dos hospitais, chegamos a 280 leitos de UTI em toda a rede militar. H� hospitais da rede p�blica de S�o Paulo, daqueles grandes, que t�m 280 leitos. Ent�o, � uma rede muito restrita, que mal atende � pr�pria For�a. Inclusive, temos conv�nios com a rede privada, que chamamos de organiza��es civis de sa�de", completou.

 

Paulo S�rgio tamb�m explicou que o pa�s vive uma situa��o grave, e destacou que o Ex�rcito pode atuar na ado��o de medidas sanit�rias, como o fechamento de estradas para evitar a circula��o de pessoas.

"N�s temos organiza��es militares muito capacitadas, na �rea de defesa qu�mica, biol�gica. Capacitamos mais de 5 mil militares no Brasil na parte de descontamina��o. Hoje, todos os nossos quart�is t�m pelot�o, de 30 homens, por exemplo, capacitado. � muito comum a imagem daquele grupo de militares encapados, em aeroportos, portos, pra�as p�blicas. Em Bel�m, eu montei a patrulha do ponto de �nibus, com uma equipe protegida, equipamento apropriado, e sa�a na avenida � noite para desinfetar", contou.

 

Por fim, o general afirmou que a segunda onda da pandemia est� trazendo maior desafios, maior impacto e baixas, mas que j� existe a preocupa��o com uma terceira onda da doen�a.

"Quando soubemos que Fran�a e Alemanha est�o come�ando novo lockdown com esta terceira onda, imaginamos que, como ocorreu na segunda, que come�a na Europa, dois meses depois se alastra por outros continentes. Temos de estar preparados no Brasil. N�o podemos esmorecer. � trabalhar, melhorar a estrutura f�sica dos nossos hospitais, ter mais leitos, recursos humanos para, se vier uma onda mais forte, a gente ter capacidade de rea��o", completou. 


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