O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta quinta, 8, que a decis�o judicial determinando a instala��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para apurar irregularidades no enfrentamento da pandemia da covid-19 � "equivocada" e gera "precedentes inadequados". "A CPI pode antecipar o cen�rio eleitoral de 2022", afirmou Pacheco.
"CPI de pandemia, neste momento, nessa quadra hist�rica do Brasil, com a gravidade da pandemia que nos exige uni�o, vai ser um ponto fora da curva", insistiu o senador. "E, para al�m de um ponto fora da curva, pode ser um coroamento do insucesso nacional do enfrentamento da pandemia."
Pacheco disse, no entanto, que n�o pretende aguardar a decis�o do plen�rio do Supremo Tribunal Federal (STF) e vai instalar a comiss�o com base na liminar do ministro Lu�s Roberto Barroso. "Semana que vem determinarei a indica��o de membros da CPI", afirmou.
O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, disse que a abertura de uma CPI n�o � assunto da sua pasta. "Esse tema � atinente ao Poder Judici�rio e ao Senado Federal. Eu cuido da gest�o do Minist�rio da Sa�de."
O ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta (DEM), demitido h� um ano por divergir do presidente Jair Bolsonaro em a��es de enfrentamento � pandemia, afirmou considerar a abertura da CPI como positiva.
"A sociedade � quem ganha quando os atos praticados e suas consequ�ncias t�o penosas para as pessoas do nosso Pa�s s�o esclarecidos."
O presidente do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass), Carlos Lula, afirmou ser papel constitucional do Legislativo fiscalizar atos do Executivo. "Que se aproveite a oportunidade para enfim investigar os respons�veis por tantas omiss�es e comportamentos inadequados", disse.
Um dos autores do mandado de seguran�a, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que o pedido de instala��o da CPI j� tinha cumprido os requisitos estabelecidos na Constitui��o. "� lament�vel que tenhamos que buscar o Judici�rio."
POL�TICA