A gest�o Jo�o Doria (PSDB) anunciou que o Estado vai migrar na pr�xima segunda-feira, 12, da fase emergencial para a vermelha. Na nova etapa, ser�o reduzidas as restri��es ao com�rcio (com a possibilidade de drive-thru e take away, por exemplo), e tamb�m ficam liberadas as escolas e os campeonatos esportivos. Cultos e celebra��es religiosas coletivas, por�m, continuam proibidas - o veto come�ou em 11 de mar�o. Enquanto o Conselho Nacional de Igrejas Crist�s e a Arquidiocese de S�o Paulo defenderam a decis�o, a Associa��o Nacional dos Juristas Evang�licos (Anajure) criticou a medida.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 9 votos a 2, que Estados e munic�pios podem restringir cultos e missas na pandemia. O entendimento do Supremo � que a proibi��o busca preservar vidas diante do agravamento da pandemia e, por isso, n�o viola a Constitui��o nem a limita��o de direitos individuais. Uma das a��es que contestavam o veto a missas e cultos foi movida pela Anajure.
"Somos favor�veis � decis�o de manter a restri��o a cultos religiosos. Neste momento, as restri��es deveriam inclusive ser maiores, incluindo academias, bares e restaurantes. Precisamos todos nos esfor�ar para que as mortes e cont�gios por covid-19 diminuam.", afirmou a secret�ria-geral do Conic, pastora Romi Bencke.
"Que celebremos em nossas casas e deixemos os momentos presenciais apenas para quando forem imprescind�veis. Este � o caso do acompanhamento a sepultamentos. Mesmo estes precisam seguir rigorosamente os protocolos", acrescentou Romi, lembrando que a maioria das igrejas oferecem celebra��es online. "Isso n�o fere a f�. Se tiver dificuldade com a internet, podemos ler a B�blia, fazer ora��es em nossas casas tamb�m. A Igreja � o povo de Deus e n�o o templo f�sico", disse.
A Anajure, por sua vez, protestou. "As liberdades civis fundamentais n�o podem ser ref�ns de disputas pol�ticas. Seja como for, a Anajure recomenda �s igrejas em S�o Paulo que, em fun��o da situa��o ca�tica do sistema de sa�de de SP, cumpram rigorosamente as determina��es", afirmou o presidente da Anajure, Uziel Santana.
Uziel diz ainda ver contradi��o na medida de Soria. "Entendemos que h� incoer�ncia do governo de S�o Paulo. Durante todo o ano de 2020, quando a pandemia era um fen�meno novo, com pouco conhecimento cient�fico sobre o assunto, o governo Doria, em todos os seus decretos que falavam sobre atividades religiosas, nunca suspendeu por completo os cultos ou missas abertas ao p�blico", disse. "Somente em 2021, quando o Estado j� deveria estar mais preparado numa situa��o pand�mica, do ponto de vista da sa�de, � que se proibiu", complementou.
A Arquidiocese de S�o Paulo tamb�m comentou a restri��o, afirmando que mant�m a posi��o publicada em comunicado do dia 12 de mar�o. Nele, dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de S�o Paulo, defende o cumprimento do dever das autoridades p�blicas e a colabora��o da popula��o.
"A Arquidiocese de S�o Paulo � favor�vel � restri��o de atividades coletivas, mas o atendimento individual continua, assim como a transmiss�o de missas pela internet. A orienta��o � que as igrejas mantenham as portas abertas para que as pessoas possam fazer suas ora��es e confiss�es de forma individual, desde que n�o haja aglomera��o dos fi�is", informou a institui��o cat�lica.
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