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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro reclama de grava��o de conversa por Kajuru e cobra autoriza��o judicial


12/04/2021 11:57

O presidente Jair Bolsonaro reclamou nesta segunda-feira, 12, da divulga��o de um telefonema seu com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Segundo o presidente, seria necess�ria autoriza��o judicial para a grava��o do di�logo ter sido feita pelo parlamentar, o que n�o � verdade, uma vez que n�o h� proibi��o na lei nos casos em que a divulga��o � feita por um dos participantes. A conversa entre os dois tratou sobre a instala��o da CPI da Covid no Senado, que preocupa Bolsonaro.

"Eu fui gravado em uma conversa telef�nica, est� certo? A que ponto chegamos no Brasil? Gravado", comentou para apoiadores na sa�da do Pal�cio da Alvorada nesta manh�. "A grava��o � s� com autoriza��o judicial. Agora, gravar o presidente e divulgar... E outra, s� para controle, falei mais coisas naquela conversa l�. Pode divulgar tudo da minha parte, t�?", disse Bolsonaro. A divulga��o da conversa foi feita neste domingo, 11, mas, segundo Kajuru, o telefonema ocorreu no s�bado, 10.

O chefe do Executivo demonstrou irrita��o com a revela��o da conversa. A Coluna do Estad�o mostrou, no entanto, que Bolsonaro foi avisado por Kajuru com vinte minutos de anteced�ncia que o �udio seria publicado nas redes sociais. Segundo o senador, Bolsonaro n�o tentou impedir a divulga��o.

No telefonema, Bolsonaro pressionou Kajuru a ingressar com pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente d� a entender que, se houver pedidos de impeachment contra ministros da Suprema Corte, podem ocorrer mudan�as nos rumos sobre a instala��o da comiss�o. A decis�o pela cria��o da CPI, que tem o apoio de mais de um ter�o do Senado, foi do ministro Lu�s Roberto Barroso.

"Voc� tem de fazer do lim�o uma limonada. Tem de peticionar o Supremo para colocar em pauta o impeachment (de ministros) tamb�m", disse Bolsonaro ao senador. "Sabe o que eu acho que vai acontecer, eles v�o recuperar tudo. N�o tem CPI, n�o tem investiga��o de ningu�m do Supremo."

Pouco antes de falar com apoiadores no Alvorada, o presidente tamb�m foi �s redes sociais pedir "uni�o e apoio" ao seu governo. Na postagem, sem citar em nenhum momento o enfrentamento da pandemia que j� matou mais de 350 mil pessoas no Pa�s, o presidente elege o "comunismo" como inimigo a ser combatido, numa cr�tica velada a prefeitos e governadores que adotaram medidas restritivas para conter a prolifera��o da doen�a.

"Hoje voc� est� tendo uma amostra do que � o comunismo e quem s�o os prot�tipos de ditadores, aqueles que decretam proibi��o de cultos, toque de recolher, expropria��o de im�veis, restri��es a deslocamentos, etc", afirma o presidente. Apesar de Bolsonaro incluir a expropria��o de im�veis na lista, numa tentativa de alarmar a popula��o, nenhum governador ou prefeito adotou a medida entre as estrat�gias para conter o v�rus. Informa��es nesse sentido envolvendo o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), j� foram desmentidas pelo Estad�o Verifica.

Na grava��o com Kajuru, al�m de tratar do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro insistiu que a CPI da Covid amplie a investiga��o para incluir governadores e prefeitos, n�o apenas o governo federal. O presidente atribuiu ainda o n�mero de mortes da covid-19 � suposta omiss�o de prefeitos e governadores, ignorando que ele mesmo boicota medidas que d�o certo contra o v�rus, como o distanciamento social e o uso de m�scaras. "A quest�o do v�rus... N�o vai deixar de morrer gente, infelizmente, no Brasil. Poderia morrer menos gente se os governadores e prefeitos que pegassem recursos e aplicassem realmente em postos de sa�de, hospital", disse Bolsonaro a Kajuru.

A publica��o de hoje nas m�dias sociais do presidente � acompanhada de v�deo com trechos de entrevistas de Bolsonaro antes, durante e depois de sua campanha eleitoral, inclusive com imagens do epis�dio da facada e de manifesta��es pr�-governo. Ao cobrar apoio e o respeito � Constitui��o, ele afirmou que n�o se deve "ofender exatamente aquele que pode ser decisivo" em momentos dif�ceis.

"Se a facada tivesse sido fatal, hoje voc� teria como presidente (Fernando) Haddad (PT) ou Ciro (Gomes, PDT). Sua liberdade, certamente, n�o mais existiria", diz Bolsonaro, numa refer�ncia a seus advers�rios na campanha de 2018.

O chefe do Executivo voltou a defender a "liberdade" ao criticar ado��o de "lockdown" por governadores e prefeitos. As restri��es, que v�o de toque de recolher ao fechamento do com�rcio, foram decretados ap�s o sistema de sa�de de muitas cidades entrarem em colapso, com UTIs lotadas e pessoas morrendo na fila � espera de um leito.

"Cada vez mais a popula��o est� ficando sem emprego, renda e meios de sobreviv�ncia... O caos bate na porta dos brasileiros. Pergunte o que cada um de n�s poder� fazer pelo Brasil e sua liberdade e... prepare-se", escreveu, conclamando seus seguidores.


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