A escolha dos integrantes da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da covid-19 no Senado acendeu um alerta nos articuladores do presidente Jair Bolsonaro. A composi��o que se desenhou ap�s defini��o da maioria das bancadas n�o agradou totalmente o governo, que esperava uma maioria mais amig�vel.
Com isso, a estrat�gia do Executivo � adiar ao m�ximo o funcionamento da CPI, condicionando as reuni�es ao retorno dos trabalhos presenciais e � vacina��o dos senadores e funcion�rios, sem data para ocorrer. Essa estrat�gia pode ter aval do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga o assunto em uma sess�o nesta quarta-feira, 14.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), autorizou a cria��o da comiss�o para investigar a conduta do governo federal na pandemia do novo coronav�rus e dos repasses financeiros a Estados e munic�pios. Pacheco n�o decidiu formalmente se a CPI poder� funcionar remota ou presencialmente nem estipulou oficialmente um prazo para indica��o dos membros, apesar de ter pedido informalmente para que as escolhas sejam feitas em at� 10 dias.
Pacheco deve deixar o impasse sobre o funcionamento remoto ou presencial com os integrantes da comiss�o, aguardando a decis�o do STF. Conforme o Estad�o/Broadcast antecipou, o plen�rio do tribunal pode condicionar as reuni�es da CPI ao retorno presencial do Congresso, sem data para ocorrer.
A CPI ser� formada por 11 titulares e sete suplentes. Apenas o bloco formado por DEM-PL-PSC, alinhado ao governo, ainda n�o escolheu os membros. As demais bancadas definiram os nomes internamente, mas ainda podem mudar as escolhas at� encaminhar de fato as indica��es para a Mesa Diretora. Al�m disso, os integrantes tamb�m podem ser substitu�dos ao longo do funcionamento da comiss�o.
Redu��o de danos
O presidente do Senado adotou uma manobra para alterar a composi��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da covid-19 e evitar danos maiores para o Pal�cio do Planalto.
A Secretaria-Geral da Mesa estipulou que, entre os 11 titulares, o bloco formado por DEM-PL-PSC, pr�ximo ao governo, ter� duas vagas, uma a mais do que se esperava. A defini��o diminuiu as cadeiras do bloco Podemos-PSDB-PSL de tr�s para duas. Nesse grupo, h� mais parlamentares cr�ticos ao presidente Jair Bolsonaro.
L�deres do bloco desprestigiado se surpreenderam com as vagas destinadas, mas avisaram que n�o transformar�o a manobra em uma briga interna. A decis�o de instalar a CPI e a escolha dos nomes s�o vistas como derrotas suficientes para o governo no momento.
CPI DA COVID-19 NO SENADO, CONFORME DEFINI��O DAS BANCADAS:
Titulares
1. Eduardo Braga (MDB-AM)
2. Renan Calheiros (MDB-AL)
3. Ciro Nogueira (PP-AL)
4. Otto Alencar (PSD-BA)
5. Omar Aziz (PSD-AM)
6. Tasso Jereissati (PSDB-CE)
7. Eduardo Gir�o (Podemos-CE)
8. Humberto Costa (PT-CE)
9. Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
10. Indefinido (DEM-PL-PSC)
11. Indefinido (DEM-PL-PSC)
Suplentes
1. Jader Barbalho (MDB-PA)
2. Angelo Coronel (PSD-BA)
3. Marcos do Val (Pode-ES)
4. Rog�rio Carvalho (PT-SE)
5. Alessandro Vieira (Cidadania-ES)
6. Indefinido (MDB-PP-Republicanos)
7. Indefinido (DEM-PL-PSC)
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