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Estado de Minas POL�TICA

Sem Renan como relator, MDB amea�a romper com governistas para presid�ncia da CPI

Articuladores de Bolsonaro tentaram evitar at� mesmo a indica��o de Renan para compor a CPI


16/04/2021 20:47 - atualizado 16/04/2021 23:36

A escolha do presidente e do vice da CPI é feita pelo voto.(foto: AFP / Sergio LIMA)
A escolha do presidente e do vice da CPI � feita pelo voto. (foto: AFP / Sergio LIMA)
O MDB amea�a romper o acordo firmado com governistas para apoiar o senador Omar Aziz (PSD-AM) na presid�ncia da CPI da Covid caso o Pal�cio do Planalto insista em tirar Renan Calheiros (MDB-AL) da relatoria da comiss�o. Os senadores independentes e de oposi��o - que s�o maioria no colegiado - j� haviam feito um acerto que previa Aziz na presid�ncia da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na vice-presid�ncia e Renan como relator. A tropa de choque do Planalto, no entanto, trabalha para p�r na relatoria o senador Marcos Rog�rio (DEM-RO), aliado do presidente Jair Bolsonaro.

O l�der do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou ao Estad�o/Broadcast que o partido � contra a ideia de encaixar Rog�rio na relatoria da CPI. Braga disse, ainda, que se Aziz quiser designar esse nome, o MDB n�o mais o apoiar� para o comando da comiss�o. "Isso n�o envolve o MDB. Se ocorrer, estaremos em desacordo. Se quiser pacificar com o MDB, tem de estar em acordo com o partido", avisou Braga.

Articuladores de Bolsonaro tentaram evitar at� mesmo a indica��o de Renan para compor a CPI, mas n�o obtiveram sucesso na empreitada porque o governo n�o tem maioria na comiss�o. Com perfil de oposi��o e aliado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva - poss�vel advers�rio de Bolsonaro na elei��o de 2022 -, Renan � considerado pelo Planalto como uma "pedra no sapato".

Na tentativa de resolver o imbr�glio, Aziz chegou a convidar Braga, que � pr�ximo a Renan, para ser o relator. O l�der do MDB, por�m, n�o aceitou.

Randolfe, por sua vez, afirmou que o acordo est� fechado e n�o haver� mudan�a. "Renan ser� o relator", declarou.

Presidente do Progressistas e aliado de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PI) continua defendendo o nome de Marcos Rog�rio para a vaga. Na pr�tica, os governistas fazem press�o para Aziz n�o indicar Renan como relator, o que provocou a revolta do MDB. "Eu n�o estou postulando a relatoria. O mais importante � iniciarmos os trabalhos da CPI", disse Renan ao Estad�o.

O movimento para mudar o acerto fez com que o senador de Alagoas diminu�sse o tom das cr�ticas dirigidas ao Planalto. Em conversas reservadas, Renan observou que at� a instala��o da CPI vai evitar declara��es duras contra Bolsonaro para n�o dar muni��o ao que considera como manobra do governo, na tentativa de ganhar tempo. Marcos Rog�rio tamb�m n�o quis responder como pretende ser relator da CPI. "Como ainda n�o houve a data de instala��o, estou quieto e aguardando os acontecimentos", despistou.

Rog�rio � vice-l�der do governo e aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Aziz � do grupo que se autodenomina independente, mas tem bom tr�nsito no Planalto.

Voto

A escolha do presidente e do vice da CPI � feita pelo voto. Normalmente, h� acordo de lideran�as para essa defini��o, mas somente a elei��o oficializa os nomes. O presidente da CPI, ap�s ser eleito pelos integrantes do colegiado, designa o relator e pauta um cronograma de trabalho para vota��o. A tarefa do relator � estrat�gica em uma CPI porque, al�m de inquirir testemunhas e ouvir suspeitos, a comiss�o pode quebrar o sigilo banc�rio, fiscal e de dados de investigados, desde que haja fato determinado para isso e se comprometa a n�o dar publicidade �s informa��es obtidas.

Pacheco afirmou que a reuni�o de instala��o da CPI da Covid - que deve ser feita ou no pr�ximo dia 22, depois do feriado de Tiradentes, ou no dia 27, ser� presencial. A partir da�, o formato dos encontros caber� aos integrantes da comiss�o.

Na avalia��o do presidente do Senado, depoimentos de testemunhas precisam ocorrer no formato presencial por causa da necessidade de garantir que essas pessoas n�o se comuniquem com outras e sejam coagidas. Investigados pela comiss�o, por outro lado, podem ser ouvidos virtualmente porque, segundo Pacheco, t�m direito a n�o comparecer ou at� mesmo a n�o falar ap�s uma convoca��o.


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