(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

'Pandemia mostrou ser poss�vel adotar agenda sustent�vel', diz Edvaldo Nogueira


17/04/2021 08:17

Dar continuidade ao protagonismo dos munic�pios no enfrentamento � crise sanit�ria; preparar as cidades para as demandas que vir�o no p�s-pandemia, como a queda na arrecada��o e crise no setor transporte coletivo; rediscutir o pacto federativo e colocar as cidades cada vez mais no caminho da sustentabilidade. Esses s�o alguns dos objetivos de Edvaldo Nogueira, que assumiu, anteontem, a presid�ncia da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). "A recupera��o econ�mica no p�s-pandemia tem de ouvir os munic�pios", disse ele ao Estad�o. Aos 59 anos, ele est� no quarto mandato como prefeito de Aracaju. Al�m da capital sergipana, Nogueira tem o desafio de liderar prefeitos de 412 cidades com mais de 80 mil habitantes, o que representa 61% da popula��o e 74% do PIB brasileiro.

Como o sr. recebeu a decis�o do Senado de incluir os repasses financeiros a Estados e munic�pios na CPI da Covid?

Do ponto de vista dos munic�pios, estamos tranquilos em rela��o a isso. N�s somos, entre os entes federados, aquele sobre onde recai mais fiscaliza��o. O fundamental � que n�o haja politiza��o da CPI para nenhum dos lados. Tem de ter objetivo claro e concreto.

Nesta semana, em audi�ncia no Senado, o seu antecessor disse que era uma "cortina de fuma�a". O sr. concorda?

Sim, � uma cortina de fuma�a, mas os munic�pios n�o t�m medo. Essa � a quest�o. Uma CPI que queira investigar contas de governos estaduais tem de ser feita na assembleia legislativa e uma CPI que queria investigar conta de munic�pio tem de ser feita no munic�pio. Isso � �bvio e tamb�m republicano. Ent�o, de fato, � uma cortina de fuma�a, mas que a mim, n�o me amedronta.

Acredita na possibilidade de ter uma rela��o harmoniosa com o presidente da Rep�blica?

Vou trabalhar para que seja uma rela��o harmoniosa. A minha posi��o � de que a FNP n�o � pol�tica nem partid�ria. Vou pedir uma audi�ncia virtual da nova diretoria da FNP com o presidente para que a gente possa discutir. Vou buscar estabelecer di�logo com o governo federal, com a C�mara, com o Senado.

Ao longo da pandemia, Bolsonaro questionou diversas vezes sobre o destino da verba repassada aos entes estaduais e municipais. Isso inflamou o debate?

Os mun�cipes sabem o que foi feito com os recursos repassados pelo governo federal. Foram aplicados na sa�de, em hospitais de campanha, em leitos de UTI, em leitos de retaguarda, em vacina��o, em funcionamento de postos de sa�de, em contrata��o de pessoal. Os munic�pios s�o a base do sistema de sa�de brasileiro. Quem sofre as maiores consequ�ncias do sistema de sa�de s�o os munic�pios. � ali onde a pessoa adoece, onde busca leito e tratamento. A FNP tem clareza e certeza de que os prefeitos aplicam o dinheiro de maneira correta.

Nessa semana, a FNP buscou junto ao presidente do Senado a participa��o no comit� de enfrentamento � covid-19. Como est� esse di�logo?

Nossa proposta � a de que se convide um prefeito representando as capitais e outro, as m�dias e pequenas cidades. Estamos esperando a resposta. Acho fundamental que os munic�pios tenham representatividade.

Na FNP, o senhor foi bastante atuante em discuss�es sobre o desenvolvimento sustent�vel das cidades. Como � poss�vel avan�ar na agenda 2030 em meio � pandemia?

O desafio at� setembro, pelo menos, � combater a pandemia. Essa � a tarefa principal. E nos prepararmos para o p�s-pandemia, em que v�o aparecer dois grandes temas, o econ�mico e a mobilidade urbana. Na quest�o da sustentabilidade, a pr�pria pandemia mostrou que � poss�vel que se tome medidas para alcan�ar a agenda 2030. Podemos falar em �nibus sustent�veis, introduzir novos modelos de combust�vel no transporte urbano. Na revis�o dos planos diretores, o tema da sustentabilidade, da energia solar em pr�dios municipais e escolas. Isso poderia ser um projeto nacional. Quanto mais sustent�vel a cidade, mais forte ela se torna para enfrentar as crises.

Esses ser�o os desafios para sua gest�o na FNP?

Principalmente a quest�o do desenvolvimento econ�mico no p�s-pandemia. Precisamos buscar uma nova proposta de desenvolvimento para o Brasil. E os munic�pios ser�o muito importantes porque a pandemia mostrou como o protagonismo no sentido da realiza��o � dos munic�pios. Ent�o, os munic�pios t�m de ser chamados � mesa em qualquer projeto de desenvolvimento econ�mico. A recupera��o econ�mica no p�s-pandemia tem de ouvir os munic�pios brasileiros. Segundo, considero muito importante a quest�o da sa�de no p�s-pandemia. O sistema de sa�de vai ter uma avalanche de problemas que ficaram represados. � preciso que o sistema seja olhado de maneira muito especial. Para isso, precisa de recursos. Outros desafios s�o a mobilidade urbana, o pacto federativo e a situa��o tribut�ria no Brasil.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)