Bolsonaro diz que homenagem em Manaus prova 'trabalho bem feito' de Pazuello

O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello nesta quinta-feira, 22. Em transmiss�o ao vivo pelas redes sociais, o chefe do Executivo disse que o trabalho do seu ex-auxiliar "foi muito bem feito" em Manaus (AM), onde o sistema de sa�de entrou em colapso por falta de oxig�nio para pacientes com a covid-19, em janeiro.

Para elogiar Pazuello, Bolsonaro usou como refer�ncia o t�tulo de cidad�o manauara que ele mesmo dever� receber nesta sexta-feira, 23, na capital do Amazonas.

"� sinal que o nosso trabalho em Manaus, o meu trabalho, e o do Pazuello como ministro da Sa�de, foi muito bem feito naquela regi�o. Lamentamos a crise que teve l�, mortes, a coisa que chocou a todos n�s, mas, infelizmente, foi uma coisa que ningu�m esperava", disse. A homenagem foi proposta pelo deputado estadual Delegado P�ricles (PSL) e aprovada pela maioria da Assembleia Legislativa do Amazonas.

O caos no sistema p�blico de sa�de do Amazonas foi o estopim para a cria��o da CPI da Covid, que ser� instalada no Senado na pr�xima ter�a-feira, 27. A eventual responsabilidade de Pazuello na crise � uma das frentes de apura��o no colegiado, onde o governo n�o tem maioria.

Substitu�do pelo m�dico Marcelo Queiroga no minist�rio, Pazuello � um dos alvos da CPI e a convoca��o dele para questionamentos � dada como certa. O governo tem trabalhado para proteger o general, que deve ganhar uma secretaria no Pal�cio do Planalto.

Os senadores tamb�m t�m m�os um duro relat�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) que apontou uma s�rie de omiss�es graves de Pazuello no comando da pasta. O documento apontou que o minist�rio evitou assumir a lideran�a do combate � covid-19 e abriu m�o de responsabilidades. "O governo brasileiro fez sua parte (na crise de Manaus)", declarou Bolsonaro na transmiss�o ao vivo.

Como mostrou o Estad�o, al�m do general Pazuello, militares levados por ele para postos importantes da pasta tamb�m est�o na mira da CPI. A press�o preocupa o Planalto em raz�o do risco de recair sobre militares o r�tulo de inefici�ncia e incompet�ncia no enfrentamento � pandemia.

O atual ministro da Defesa, general Braga Netto, tamb�m est� na mira da CPI. Como chefe da Casa Civil, Braga Netto coordenava o comit� de crise do governo que, na avalia��o de t�cnicos do TCU, foi omisso.