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Estado de Minas POL�TICA

Vice-l�der do governo diz que Planalto falhou ao n�o conseguir maioria em CPI


23/04/2021 13:43

O senador Jorginho Mello (PL-SC), vice-l�der do governo no Congresso, afirmou que o Pal�cio do Planalto falhou na articula��o pol�tica na CPI da Covid. Para Jorginho, os aliados poderiam ser maioria na comiss�o se o Executivo tivesse se esfor�ado. Mesmo assim, ele disse ser preciso aguardar os pr�ximos cap�tulos da batalha para ver "no que d� isso".

Ao ser questionado se o governo poderia ter se articulado melhor, o senador n�o hesitou na resposta. "Claro que sim", devolveu ele, de pronto. "Mas talvez a preocupa��o n�o seja a de ter CPI do governo ou da oposi��o. Na CPI voc� tem de ser juiz, avaliar e responsabilizar quem quer que seja de forma desarmada. N�o adianta ter maioria. Para qu�? Fazer inquisi��o? Vamos ver os fatos. Eu estou de sangue doce."

Jorginho � um dos quatro titulares governistas da CPI. Dos 11 senadores da comiss�o, sete se intitulam independentes ou de oposi��o. O governo tentou que o PSD do ministro das Comunica��es, F�bio Faria, indicasse dois aliados para a CPI. O partido, por�m, escolheu Omar Aziz (AM), que ser� o presidente da CPI, e Otto Alencar (BA), da chamada "ala independente" da sigla.

Como mostrou o Estad�o, o Pal�cio do Planalto tenta ganhar tempo e adiar ao m�ximo os trabalhos da CPI ap�s sua instala��o, marcada para a pr�xima ter�a-feira, 27, com o objetivo de negociar cargos no primeiro escal�o e atender � press�o de parlamentares para acomodar suas emendas no Or�amento. A negocia��o tem sido conduzida atualmente pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

H� cinco deputados no comando de minist�rios e nenhum senador. No in�cio do ano houve press�o para que Davi Alcolumbre (DEM-AP) ou Nelsinho Trad (PSD-MS) assumissem o Minist�rio do Desenvolvimento Regional, mas as conversas n�o prosperaram. Aliados do governo no Senado avaliam que o Planalto desprestigia a Casa. Ainda que as pastas n�o estejam definidas, h� nos partidos a expectativa de que dois senadores sejam escolhidos para vagas na Esplanada dos Minist�rios.

Sem emo��o

O vice-l�der do governo admitiu n�o estar muito a par de como a CPI da Covid vai funcionar. "N�o falei com ningu�m. J� escolheram relator, vice-presidente, presidente. J� sabem quem v�o chamar para dar depoimento. N�o estou muito emocionado, n�o", afirmou.

Um acordo entre a maior parte dos integrantes da comiss�o prev� que Omar Aziz (PSD-AM) seja o presidente; Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o vice, e Renan Calheiros (MDB-AL) atue como relator. O plano de trabalho dever� ser definido na quarta-feira, 28.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro ainda fazem press�o nas redes sociais para impedir Renan de assumir esse posto porque, al�m de ser cr�tico do governo, ele apoia o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Nas plataformas digitais, bolsonaristas batem na tecla de que o senador n�o pode integrar a CPI por ser pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). A CPI vai investigar o destino do dinheiro repassado pelo governo federal a munic�pios e Estados, entre os quais Alagoas, para o combate � pandemia de covid-19.

O senador Jader Barbalho (MDB-PA) tamb�m est� em situa��o semelhante � de Renan. Jader � suplente da CPI e pai do governador do Par�, Helder Barbalho (MDB). Jorginho � contra a participa��o dos dois colegas na comiss�o: "Quem tem filho governador fica dif�cil estar (na CPI), sendo juiz. A pr�pria legisla��o pro�be isso".

Respons�vel pela articula��o do Planalto com o Congresso, a ministra da Secretaria de Governo, Fl�via Arruda, disse na ter�a-feira, 20, que a CPI da Covid n�o tem sido o foco da sua pasta. "(Estamos) fechando a quest�o do Or�amento", respondeu a ministra, quando indagada sobre as cr�ticas. Nesta quinta-feira, 22, �ltimo dia do prazo legal, Bolsonaro sancionou o Or�amento deste ano, com alguns vetos, como combinado com o Congresso.

Irritado com o que chamou de "erros" do Pal�cio do Planalto, o senador Marcos Rog�rio (DEM-RO), vice-l�der do governo e integrante da CPI, tamb�m criticou a articula��o pol�tica de Bolsonaro. "O governo errou, deixou correr solto (a CPI). Agora, querem correr atr�s do preju�zo. O Pal�cio n�o procurou a pr�pria base para conversar", reclamou Rog�rio, em entrevista � CNN Brasil, na noite de segunda-feira, 19.

A ministra da Secretaria de Governo disse ao Estad�o que conversou com Marcos Rog�rio para explicar a aus�ncia na articula��o da CPI. "Liguei para v�rios senadores e deputados e deputadas, como fa�o todo dia. Encontrei o senador Marcos Rog�rio no plen�rio", contou. Fl�via garantiu que, com o Or�amento sancionado por Bolsonaro, a secretaria comandada por ela, "assim como todo o governo", passar� a atuar mais na CPI.


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