O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu acesso ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) �s mensagens hackeadas do ex-juiz da Lava Jato S�rgio Moro e integrantes da for�a-tarefa da opera��o, apreendidas na Opera��o Spoofing. A autoriza��o engloba somente mensagens que citem o parlamentar. A decis�o est� sob segredo de Justi�a.
Investigado em nove inqu�ritos do Supremo, Renan foi posto no banco dos r�us pela Corte em dezembro de 2019 ap�s a Segunda Turma aceitar a den�ncia da Procuradoria-Geral da Rep�blica pelos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro na Lava Jato. A acusa��o mira suposto pagamento de propinas do ent�o presidente da Transpetro, S�rgio Machado, a diret�rios estaduais e municipais do MDB. A pe�a foi assinada em 2017 pelo ent�o procurador-geral Rodrigo Janot.
Al�m de Renan Calheiros, o ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral e o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (MDB-RJ) tamb�m pediram acesso ao conte�do das mensagens, mas tiveram os pleitos rejeitados por Lewandowski. Nestes casos, o ministro negou o pedido de extens�o de decis�o por considerar que n�o ficou demonstrada semelhan�a entre os processos de Cunha e Cabral aos do ex-presidente Lula. O ministro tamb�m rejeitou pedido de compartilhamento das mensagens solicitado pelo ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto.
O senador � hoje o relator da CPI da Covid, que ir� apurar a condu��o da pandemia pelo governo federal, foco de preocupa��o do Planalto. Em entrevista ao Estad�o, Renan afirmou que a CPI n�o iria se transformar numa "Comiss�o Parlamentar de Inquisi��o". E tem repetido que a CPI n�o � inimiga de ningu�m, "mas, sim, da pandemia".
Apesar da declara��o, o governo Bolsonaro sabe que o trabalho de Renan na CPI pode desgastar o presidente. O senador tem feito oposi��o sistem�tica � gest�o federal, al�m de ter dado declara��es que acenam a poss�vel apoio � uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) em 2022.
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