
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva decidiu intensificar as articula��es pol�ticas com o Centr�o e o MDB e fazer, em maio, a primeira viagem ap�s a maioria do Supremo Tribunal Federal confirmar a decis�o que julgou o ex-juiz S�rgio Moro parcial no processo em que condenou o petista no caso do triplex do Guaruj� (SP).
Ap�s participar, no pr�ximo s�bado, de ato organizado pelas centrais sindicais para celebrar o Primeiro de Maio, o ex-presidente deve ir, na ter�a-feira, a Bras�lia para uma s�rie de encontros presenciais com parlamentares e l�deres. Segundo petistas, as conversas visam restabelecer pontes com quadros do MDB, especialmente do Nordeste, onde a sigla � mais pr�xima ao petista, e com dirigentes de partidos do Centr�o, como PSD e Solidariedade.
Cotado para ser o relator da CPI da Covid do Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ser� recebido pelo ex-presidente e vai ajudar no di�logo com a sigla. A Coluna do Estad�o revelou ontem que Lula telefonou para caciques emedebistas do Norte e Nordeste e disse que representa o "centro" no tabuleiro eleitoral.
Os petistas querem atrair o chamado "velho MDB", formado por nomes como Jos� Sarney, Renan e Jader Barbalho, para tentar neutralizar a ala bolsonarista do partido, concentrada nas Regi�es Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Al�m de conversar com deputados e senadores do pr�prio partido, o ex-presidente tamb�m espera em Bras�lia refor�ar os la�os com parlamentares do PSB, partido que � considerado prioridade na forma��o do palanque para 2022.
Segundo dirigentes do PT, a ideia original de Lula, que j� tomou a segunda dose da vacina contra a covid-19, era fazer uma caravana que come�aria pelo Nordeste. O projeto, por�m, foi adiado devido ao agravamento da pandemia. Em Bras�lia, o ex-presidente vai restringir o n�mero de convidados nos encontros, que ser�o em um "ambiente controlado".
O ex-presidente intensificou tamb�m as conversas com o deputado Paulinho da For�a (SD-SP) e com dirigentes da For�a Sindical. No plano regional, o PT quer ainda refor�ar sua estrutura em S�o Paulo, maior col�gio eleitoral do Pa�s. Derrotado no segundo turno na elei��o presidencial de 2018, o ex-prefeito Fernando Haddad trocou a agenda nacional de antes do julgamento do STF por outra focada no Estado, onde � o mais cotado para disputar o Pal�cio dos Bandeirantes.
