O montante gasto pelos deputados federais nestes 20 anos de vig�ncia do reembolso seria suficiente para custear os gastos realizados at� o momento com a compra de vacinas para a covid-19. Os R$ 6,5 bilh�es poderiam manter a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria operando por quase dez anos, dado o or�amento que a ag�ncia, crucial para a an�lise de vacinas, teve no ano passado (R$ 659,7 milh�es).
O valor da cota parlamentar no per�odo � bem superior ao valor previsto no Or�amento de 2021 - sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada - de v�rios minist�rios: mais de 200% a mais do que a previs�o da pasta das Rela��es Exteriores (R$ 1,97 bilh�o); do Minist�rio do Turismo (R$ 2 bilh�es) e do Minist�rio do Meio Ambiente (R$ 1,99 bilh�o).
Procurada, a assessoria da C�mara dos Deputados informou que n�o comenta os dados disponibilizados. A�cio Neves afirmou que criou as cotas porque elas s�o necess�rias para o "exerc�cio" do mandato parlamentar e que elas d�o mais transpar�ncia aos gastos. "A regula��o das despesas referentes ao exerc�cio da atividade parlamentar teve como finalidade ordenar, controlar e dar transpar�ncia a esses gastos, al�m de distinguir o que era remunera��o do parlamentar daquilo que eram os gastos necess�rios ao exerc�cio da sua fun��o", afirmou o deputado.
Segundo ele, a cria��o da cota parlamentar se inspirou "no que j� existia em diversos parlamentos no mundo, como nos EUA e pa�ses da Europa". Segundo A�cio, o uso das cotas deve ser fiscalizado pelos instrumentos de controle "e os respons�veis, devidamente punidos".
Na atual legislatura, dois deputados n�o usam a cota parlamentar: a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) e o deputado Herc�lio Coelho Diniz (MDB-MG)."Fiz esse compromisso antes de ser eleita", afirmou a deputada. J� Diniz � favor�vel ao benef�cio, apesar de n�o utiliz�-lo. "Reconhe�o a realidade dos colegas, cada gabinete tem suas despesas e as atividades nos Estados divergem", explicou.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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