
Com o pa�s polarizado nas elei��es de 2018, a pesquisa foi feita na �rea de comunica��o pol�tica e, segundo a an�lise, os ataques ao politicamente correto e nega��o das diferen�as foram constantemente encontradas na p�gina do atual presidente, Jair Bolsonaro.
“Vi muitas pessoas questionando a necessidade de haver uma linguagem politicamente correta, como se isso criasse problemas que existem, usando falas como ‘somos todos iguais’ e ‘aqui n�o tem racismo’”, comenta Bruna Silveira, mestra em Comunica��o Social e autora da pesquisa.
Nas p�ginas de Fernando Haddad e Ciro Gomes, a pesquisadora n�o encontrou ataques diretos ao politicamente correto: “Vi pouco ataque espec�fico, nas duas p�ginas o conte�do era mais no sentido de n�o conseguir atacar o advers�rio pol�tico, como se o politicamente correto criasse um pouco de regras que impossibilitasse”, comenta.
Foram mais de tr�s milh�es de coment�rios coletados entre agosto e outubro de 2018, filtrados por palavras-chaves e, depois, organizados por categorias. Segundo Bruna, alguns c�digos foram usados, como nega��o ou identifica��o de problemas, ataque ou apoio ao politicamente correto e quem o usu�rio estava apoiando na elei��o.
A pesquisa foi feita com dados do Facebook pela import�ncia da rede social nas elei��es, al�m de ter acesso mais f�cil que outras plataformas. De acordo com a autora, a avers�o ao politicamente correto ainda se mantem e nem sempre o inc�modo � s� pelo discurso contr�rio, mas tamb�m pelo medo de perder alguma posi��o ou privil�gio: “Hoje, na medida que vemos uma sociedade mais consciente e mais cr�tica, vemos as pessoas mais atentas. Mas tamb�m � poss�vel perceber o outro lado, que se incomoda com isso n�o s� pelo discurso, mas pela adequa��o do comportamento e medo de perder privil�gios”, finaliza.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira