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Estado de Minas UFMG

Pesquisa: avers�o ao politicamente correto cresce no Brasil

Para o estudo, foram coletados mais de tr�s milh�es de coment�rios nas redes sociais de candidatos � presid�ncia do Brasil em 2018


27/04/2021 21:33 - atualizado 27/04/2021 22:10

Estudo foi feito com dados coletados no Facebook (foto: CHRIS DELMAS/ AFP)
Estudo foi feito com dados coletados no Facebook (foto: CHRIS DELMAS/ AFP)
A avers�o ao ‘politicamente correto’ foi tema de uma pesquisa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O termo � usado para se referir �s pr�ticas que prezam uma aten��o maior aos discursos e falas, evitando ofender determinados grupos sociais. O estudo foi realizado com base em mais de tr�s milh�es de coment�rios e respostas de usu�rios em p�ginas no Facebook de tr�s candidatos � presid�ncia em 2018: Jair Bolsonaro (ent�o no PSL), Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT).

 

Com o pa�s polarizado nas elei��es de 2018, a pesquisa foi feita na �rea de comunica��o pol�tica e, segundo a an�lise, os ataques ao politicamente correto e nega��o das diferen�as foram constantemente encontradas na p�gina do atual presidente, Jair Bolsonaro. 
 
“Vi muitas pessoas questionando a necessidade de haver uma linguagem politicamente correta, como se isso criasse problemas que existem, usando falas como ‘somos todos iguais’ e ‘aqui n�o tem racismo’”, comenta Bruna Silveira, mestra em Comunica��o Social e autora da pesquisa. 
 
Nas p�ginas de Fernando Haddad e Ciro Gomes, a pesquisadora n�o encontrou ataques diretos ao politicamente correto: “Vi pouco ataque espec�fico, nas duas p�ginas o conte�do era mais no sentido de n�o conseguir atacar o advers�rio pol�tico, como se o politicamente correto criasse um pouco de regras que impossibilitasse”, comenta. 
 
Foram mais de tr�s milh�es de coment�rios coletados entre agosto e outubro de 2018, filtrados por palavras-chaves e, depois, organizados por categorias. Segundo Bruna, alguns c�digos foram usados, como nega��o ou identifica��o de problemas, ataque ou apoio ao politicamente correto e quem o usu�rio estava apoiando na elei��o. 
 
A pesquisa foi feita com dados do Facebook pela import�ncia da rede social nas elei��es, al�m de ter acesso mais f�cil que outras plataformas. De acordo com a autora, a avers�o ao politicamente correto ainda se mantem e nem sempre o inc�modo � s� pelo discurso contr�rio, mas tamb�m pelo medo de perder alguma posi��o ou privil�gio: “Hoje, na medida que vemos uma sociedade mais consciente e mais cr�tica, vemos as pessoas mais atentas. Mas tamb�m � poss�vel perceber o outro lado, que se incomoda com isso n�o s� pelo discurso, mas pela adequa��o do comportamento e medo de perder privil�gios”, finaliza.
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira 


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