O ex-ministro da Sa�de e m�dico Luiz Henrique Mandetta, desferiu mais um golpe contra o presidente Jair Bolsonaro, e relatou na tarde desta quarta-feira, 4, durante depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid que, antes de ser exonerado do cargo, o presidente lhe questionou se poderia publicar a demiss�o como sendo feita � pedido do pr�prio ministro.
"Ele Bolsonaro me perguntou: voc� n�o quer que eu altere a sua exonera��o para a pedido? Eu disse que n�o", relatou Mandetta. "Eu prefiro ser exonerado pelo senhor mesmo. Pode sair com a sua lavra. Acho melhor. Porque, se n�o, estaria at� hoje, provavelmente numa CPI como essa, e as pessoas me dizendo que eu tinha desistido."
"Eu nunca pedi para sair. Eu n�o pedi demiss�o. Deixei muito claro que m�dico n�o abandona paciente", disse Mandetta ao colegiado. Conforme narrou, mesmo ap�s sua sa�da do Minist�rio, ainda alertou o presidente para a situa��o de sa�de p�blica em Manaus e no Rio de Janeiro e orientou para que a equipe de secret�rios fosse mantida.
A demiss�o de Mandetta, em abril do �ltimo ano, aconteceu menos de duas semanas antes da outra exonera��o, a do ex-chefe da pasta de Justi�a e Seguran�a P�blica e ex-juiz S�rgio Moro. � �poca, Moro pediu demiss�o ap�s apontar tentativa de interfer�ncia do presidente na Pol�cia Federal ao exonerar o diretor-geral da Pol�cia Federal (PF), Mauricio Valeixo. De forma similar � citada por Mandetta, a exonera��o de Valeixo, segundo publica��o em Di�rio Oficial da Uni�o foi feita "a pedido". Esta vers�o, entretanto, acabou contestada por Moro. Segundo o ex-magistrado, "em nenhum momento o diretor da PF apresentou um pedido formal de exonera��o".
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