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Estado de Minas POL�TICA

Ara�jo nega hostilidade com China e presidente da CPI pede que ele n�o minta


18/05/2021 11:28

Em depoimento � CPI da Covid, o ex-chanceler Ernesto Ara�jo negou nesta ter�a-feira que tenha feito declara��es ofensivas em rela��o a China e ouviu do presidente da comiss�o, Omar Aziz (PSD-AM), um alerta para que n�o minta � CPI. Ara�jo afirmou que o Itamaraty reagiu em certos momentos em que teria havido, segundo ele, excessos por parte do embaixador da China em Bras�lia. "Mas n�o houve declara��o que se classifique como antichinesa", respondeu em questionamentos feitos pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e Aziz.

Ara�jo tamb�m rejeitou a posi��o de que sua atua��o e declara��es no Itamaraty teriam rela��o com os problemas na chegada de insumos chineses para produ��o de vacina no Brasil. "Jamais foi identificado correla��o entre atraso e qualquer atua��o de minha parte ou de qualquer elemento oriundo do governo brasileiro", respondeu o ex-chanceler.

As respostas despertaram indigna��o por parte do presidente da CPI, para quem Ara�jo deu "v�rias declara��es contra a China. Um dos epis�dios relembrados por Aziz foi quando o ex-chanceler escreveu o artigo em seu blog intitulado 'Chegou o Comunav�rus', em que fez coment�rios sobre um livro escrito por Slavoj Zizek.

"Na minha an�lise pessoal voc� est� faltando com a verdade, n�o fa�a isso", alertou o presidente da CPI. Ara�jo respondeu que, no artigo, a palavra 'comunav�rus' n�o se referia ao coronav�rus, mas ao que Zizek tinha referenciado ao v�rus ideol�gico oportunizado pelo contexto da pandemia. "Para implanta��o de sociedade comunista global, usei esse termo jocoso...", comentou Ara�jo.

"Como isso n�o � ofensivo?" questionou Aziz, lembrando tamb�m da ocasi�o em que Itamaraty se envolveu em outro epis�dio de atrito com a China a partir de uma declara��o do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que publicou no Twitter uma mensagem que culpava o pa�s asi�tico pela pandemia. Na ocasi�o, o perfil da Embaixada chinesa na rede social reclamou da manifesta��o do deputado e disse que ele havia contra�do "v�rus mental". Ara�jo ent�o classificou a rea��o da embaixada como "desproporcional".

"N�o sai em defesa (de Eduardo). Na nota que publiquei como chanceler eu disse que o Brasil n�o endossava declara��es, no entanto o embaixador tinha se excedido", disse.

Apesar dessas situa��es, o ex-chanceler negou que tenha havido hostilidade nas rela��es com a China. "N�o vejo hostilidade, certamente n�o de minha parte", disse Ara�jo, citando dados de negocia��es comerciais que, segundo ele, mostram que n�o houve piora na rela��o diplom�tica entre os dois pa�ses. "N�meros de 2020 mostraram aumento de 9% das nossas exporta��es destinadas a China", afirmou.

'Bolsonarismo frouxo'

O l�der da Minoria na C�mara, deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), avaliou a postura do ex-ministro das Rela��es Exteriores Ernesto Ara�jo no depoimento na CPI da Covid. Para Freixo, o comportamento do ex-chanceler na comiss�o "� o retrato do bolsonarismo frouxo que s� fala grosso no cercadinho dos fan�ticos".

Em publica��o no Twitter, o deputado analisa que "a ficha corrida dos crimes cometidos" pelo ex-chanceler "� longa e o ex-ministro tem que pagar por eles". "Mas assim como Pazuello era pau mandado de Bolsonaro, Ernesto seguia as ordens de Eduardo Bolsonaro", pontua. Dessa forma, Freixo exige que o filho do presidente Jair Bolsonaro seja convocado para prestar depoimento na CPI.

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) � acusado de escrever em suas redes sociais que a China seria a culpada pela pandemia do novo coronav�rus, al�m de acusar o pa�s asi�tico de espionagem por meio da tecnologia 5G.


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