Em depoimento � CPI da Covid, o ex-chanceler Ernesto Ara�jo confirmou sua atua��o � frente do Minist�rio das Rela��es Exteriores na importa��o de insumos da �ndia necess�rios para a produ��o da cloroquina. Ara�jo defendeu o trabalho da pasta neste caso dizendo que com a alta procura do f�rmaco, "um rem�dio muito importante que tenha seu estoque preservado", foi necess�rio garantir a reserva do medicamento.
Ara�jo afirmou que em mar�o do ano passado havia uma expectativa com rela��o ao uso do f�rmaco no tratamento da covid-19 "n�o s� no Brasil", como disse, o que levou a uma diminui��o do estoque do medicamento utilizado contra doen�as reumatol�gicas e mal�ria. Segundo Ara�jo, era importante trabalhar na importa��o dos insumos para manter o estoque do medicamento para seu uso prescrito. "Isso independente dos testes para o tratamento da covid-19", afirmou.
Na rela��o do uso do f�rmaco para o tratamento contra o novo coronav�rus, Ara�jo disse nunca ter recebido uma rela��o de testes comprovando a efic�cia do medicamento no tratamento contra a covid-19, reafirmando que o pedido de importa��o foi feito por solicita��o do Minist�rio da Sa�de. Ara�jo tamb�m confirmou que o presidente Jair Bolsonaro pediu que o Itamaraty intermediasse um telefonema dele com a �ndia para tratar sobre o tema.
Com rela��o � doa��o de dois milh�es de doses de cloroquina ao Brasil pela Estados Unidos no ano passado, o ex-chanceler negou que a entrega tenha sido feita por solicita��o de qualquer autoridade brasileira.
Covax
No depoimento, o ex-chanceler disse que "jamais" foi contra a iniciativa do Cons�rcio Covax Facility para recebimento de vacinas contra a covid-19. Segundo ele, a decis�o de o Pa�s participar apenas com 10% e n�o 50% foi do Minist�rio da Sa�de. "Jamais fui contra. O Itamaraty esteve atento desde abril de 2020, assim que o Covax tomou forma, em julho, assinei carta para o gestor do cons�rcio dizendo que o Brasil tinha interesse em entrar. O contrato ficou pronto em setembro e assinamos naquele momento", afirmou Ara�jo.
Reagindo as respostas do ex-ministro, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que o Brasil optou pela fatia de 10% porque "agiu politicamente". "Por isso o Brasil perdeu tempo e n�o comprou a vacina. Por isso tivemos s� 10% na ades�o", comentou Aziz.
O ex-chanceler tamb�m tentou justificar uma oposi��o a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) em raz�o de "idas e vindas" por parte da OMS, e disse ter atuado para solucionar impasse na importa��o do IFA vindo da China.
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