Pazuello diz que, como ministro, teve 100% de autonomia para montar equipe

O ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello, em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid no Senado, afirmou que, ap�s assumir o comando do Minist�rio da Sa�de, com a sa�da do m�dico oncologista Nelson Teich do comando da Pasta, ele teve total autonomia para montar sua equipe.

Pazuello tamb�m comentou que sua rela��o com o presidente Jair Bolsonaro era de uma "amizade simples" sem ter proximidade maior com o mandat�rio, afirmando que sua indica��o para atuar na Sa�de teria sido feita por um grupo de oficiais generais que trabalham junto ao governo federal.

Sobre as reuni�es com o presidente para tratar de assuntos referentes � pasta, Pazuello afirmou que esses aconteciam menos do ele gostaria, dizendo que os encontros aconteciam, em m�dia, uma vez a cada duas semanas. O ex-ministro tamb�m afirmou que o presidente nunca lhe deu ordem direta para nada, defendo que o Executivo nunca deu nenhuma ordem com rela��o ao tratamento precoce contra covid-19.

Com rela��o �s orienta��es do governo para o combate � pandemia, o general afirmou que era preciso de um dado comparativo para analisar qualquer quest�o, e com rela��o a pandemia, como tudo era "in�dito", "n�o tem nem r�pido nem demorado, nem bonito nem feio", afirmou, falando que foi necess�rio tempo para construir sua vis�o sobre a situa��o do Pa�s, e citando o caso de Manaus. Mas o general tamb�m afirmou que o planejamento "macro" do minist�rio estava pronto quando ele chegou a Sa�de.

Sobre as contribui��es de Bolsonaro com rela��o ao tema, Pazuello afirmou que as conversas com o presidente eram sempre de "alt�ssimo n�vel" para propor solu��es. Segundo ele, tamb�m o presidente o orientou a n�o aceitar qualquer orienta��o que n�o viesse diretamente dele. "Ningu�m vai falar em meu nome", afirmou Pazuello sobre Bolsonaro.

SUS

Durante o depoimento, Pazuello tamb�m tentou contextualizar uma frase em diz dia "n�o sabia nem o que era SUS" dita por ele assim que assumiu o comando da Sa�de, em outubro, ap�s ter administrado a pasta interinamente durante quatro meses. Segundo disse, ele conhecia o Sistema �nico de Sa�de de forma simples, assim como tamb�m n�o conhecia escolas particulares, devido � sua carreira militar, onde, segundo ele, sempre foi atendido por hospitais militares e estudou em col�gios militares. O contexto daquela frase era "que surpresa espetacular", afirmou.