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Estado de Minas CPI da COVID

Pazuello ser� convocado novamente para depor

Presidente da comiss�o que investiga gest�o do governo na pandemia afirma que nova oitiva do ex-ministro da Sa�de ser� feita


23/05/2021 04:00 - atualizado 22/05/2021 22:20

Em dois dias, ex-ministro foi acusado de mentir nas respostas dadas aos senadores na Comissão Parlamentar de Inquérito(foto: Sérgio Lima/AFP)
Em dois dias, ex-ministro foi acusado de mentir nas respostas dadas aos senadores na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (foto: S�rgio Lima/AFP)

O presidente da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID-19 Omar Aziz (PSD/AM) afirmou ontem que a comiss�o vai convocar novamente o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello. Durante live do canal Grupo Prerrogativa, Aziz definiu a a passagem do ex- ministro da Sa�de na CPI da pandemia como 'hil�ria', em raz�o das contradi��es feitas pelo depoente nos dois dias de oitiva. “A presen�a do Pazuello � hil�ria. Porque ele consegue, de todos os fatos concretos, [...] criar uma vers�o de 'um manda e o outro obedece', como se fosse uma brincadeira. Por isso ele est� sendo convocado novamente”, afirmou.

A nova convoca��o de Pazuello, para prestar novo depoimento, agora ser� sem a prote��o de habeas corpus com o direito de a testemunha permanecer em sil�ncio. A ideia � pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que n�o conceda um novo habeas corpus que proteja Pazuello de sofrer constrangimentos, como amea�as de pris�o, e garanta o direito de ficar em sil�ncio ao ser questionado. “Espero que o Supremo permita que os nossos trabalhos possam ser feitos na forma normal. N�o estamos aqui para matar, crucificar, enforcar algu�m.” O HC foi concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF.

Durante a live, Aziz frisou que o objetivo da CPI vai al�m de achar culpados. “O que n�s queremos � evitar mais mortes. Nos prevenir de outras pandemias e at� de novas a��es da pr�pria pandemia.” O requerimento para ouvir novamente Pazuello deve ser votado na pr�xima reuni�o deliberativa, marcada para quarta-feira. Por enquanto, os depoimentos prestados miram o governo federal, mas a ideia da base governista � dividir as aten��es dos trabalhos com oitivas aos gestores locais. No horizonte pr�ximo, apenas o governador do Amazonas, Wilson Lima, est� na mira.

(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 4/5/21)
(foto: Edilson Rodrigues/Ag�ncia Senado - 4/5/21)

"A presen�a do Pazuello � hil�ria. Porque ele consegue, de todos os fatos concretos, [...] criar uma vers�o de 'um manda e o outro obedece', como se fosse uma brincadeira. Por isso ele est� sendo convocado novamente"

Omar Aziz (PSD/AM), presidente da CPI da COVID no Senado



Amea�as 
Sobre as amea�as que Aziz e os demais parlamentares da oposi��o afirmaram estar sofrendo, o presidente da CPI afirmou que n�o se sentiu intimidado e que vai prosseguir com as investiga��es e “descobrir todo dia uma mentira nova que eles (governo Bolsonaro) criam”. “J� enfrentei a ditadura militar, j� aconteceu tanta coisa comigo na minha vida e n�o � no pa�s em que estamos vivendo hoje que eu terei medo”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro tem intensificado os ataques a governadores � medida que a CPI da COVID avan�a nas investiga��es sobre a��es e omiss�es do Executivo federal na pandemia. No epis�dio mais recente, o mandat�rio fez declara��es sobre o poss�vel fim das isen��es fiscais na Zona Franca de Manaus (AM), o que irritou pol�ticos do Amazonas, incluindo integrantes da CPI da pandemia. Para eles, a amea�a do chefe do Planalto, feita durante a live semanal de quinta-feira, foi uma retalia��o n�o s� �s apura��es do colegiado, mas a toda a popula��o do estado.

Bolsonaro fez as afirma��es horas depois do fim do segundo dia de depoimento de Pazuello � CPI. O general foi bombardeado com questionamentos sobre poss�veis omiss�es do governo no colapso do sistema de sa�de em Manaus, ocorrido em janeiro. Naquele m�s, dezenas de pacientes com COVID-19 morreram asfixiados em raz�o da falta de oxig�nio nos hospitais da cidade. A principal estrat�gia do Planalto, desde o in�cio da CPI, � pressionar para que a comiss�o tamb�m apure como os governadores aplicaram os recursos federais transferidos aos estados para o enfrentamento da crise sanit�ria. O objetivo � dividir com os gestores locais os desgastes causados pelas investiga��es.

Na live de quinta-feira, Bolsonaro falou das pol�ticas implementadas durante a ditadura militar (1964-1985) e da cria��o da Zona Franca de Manaus. Tamb�m citou dois senadores do Amazonas que integram a CPI: Omar Aziz e Eduardo Braga (MDB), titular do colegiado. “Imagine Manaus sem a Zona Franca. Hein, senador Aziz, voc� que fala tanto na CPI? Senador Eduardo Braga, imagine a� o estado, ou Manaus, sem a Zona Franca”, disparou.

Eduardo Braga lamentou que o presidente tenha feito as declara��es justamente no momento em que o Amazonas enfrenta uma s�rie de dificuldades. “Eu n�o entendo isso como uma amea�a a mim ou ao senador Omar, e, sim, ao povo do Amazonas. Principalmente de algu�m que se diz defensor da Zona Franca e, no momento em que o Amazonas enfrenta a segunda maior enchente de sua hist�ria, enfrenta uma pandemia e enfrenta, ainda, amea�as de desempregar os nossos trabalhadores da Zona Franca”, reprovou. “Portanto, eu, sinceramente, espero que n�s, que somos guardi�es da maior floresta em p� do mundo e que somos proibidos de quase tudo, n�o sejamos v�timas de mais esse ataque.”

“Apavorado” 
O vice-presidente da C�mara, Marcelo Ramos (PL-AM), foi outro a condenar as declara��es de Bolsonaro. Na avalia��o dele, � uma demonstra��o de que o chefe do Executivo est� “apavorado” com as investiga��es da CPI. “O presidente usou uma amea�a � Zona Franca de Manaus para atingir o senador Eduardo Braga e o senador Omar, incomodado com a postura de ambos na CPI que investiga a atua��o do governo federal no enfrentamento da pandemia”, disse, em v�deo divulgado por sua assessoria. “Essa conduta do presidente demonstra duas coisas: primeiro, que ele est� apavorado com o que pode ser o resultado desta investiga��o, e, segundo, que ele n�o tem compromisso com os interesses maiores do povo do Amazonas.”

Ramos concluiu: “Quando o presidente amea�a a Zona Franca, ele n�o atinge o senador Eduardo e o senador Omar. Ele atinge os empregos de milhares de amazonenses e manauaras. Ele atinge os neg�cios e os investimentos na cidade de Manaus. Ele atinge a receita do estado do Amazonas, que � o que paga a sa�de, a educa��o, o que compra a cesta b�sica para enfrentar a fome neste per�odo de pandemia e de cheia. O presidente precisa parar de destilar �dio e cuidar de comprar vacina, porque � isso que o povo brasileiro espera dele”.



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