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Estado de Minas CONGRESSO

CPI da COVID: primeiro relat�rio deve apontar recusa do governo pela vacina

Relator da comiss�o, Renan Calheiros afirmou que j� existem provas da responsabilidade do governo em casos que considera falhas no enfrentamento da pandemia


23/05/2021 04:00 - atualizado 23/05/2021 09:29

Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI no Senado, é o responsável por redigir o documento (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI no Senado, � o respons�vel por redigir o documento (foto: Edilson Rodrigues/Ag�ncia Senado)
A CPI da COVID, no Senado, deve apresentar nas pr�ximas semanas a primeira vers�o do relat�rio que trar� as principais conclus�es do colegiado. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do grupo, a quem cabe redigir o documento, afirmou que j� existem provas da responsabilidade do governo federal em epis�dios que considera falhas no enfrentamento da pandemia no pa�s, como no atraso para a aquisi��o de vacinas e na crise de falta de oxig�nio no Amazonas.

Desde a instala��o, em 29 de abril, a CPI j� ouviu sete depoimentos, incluindo todos os quatro titulares do Minist�rio da Sa�de desde que a pandemia foi decretada, em mar�o passado. A comiss�o tamb�m j� havia recebido at� esse s�bado (22/5) mais de 300 documentos com informa��es de �rg�os como o Minist�rio P�blico Federal, Tribunal de Contas da Uni�o, governos estaduais, al�m do pr�prio governo federal.

"Tem coisa comprovada de que o governo n�o queria comprar vacina nenhuma, que defendia imuniza��o de rebanho, por isso os est�mulos � aglomera��o e ao n�o uso de m�scara. Tratativas nesta dire��o (de atrasar compra de vacinas) com a Pfizer, com a CoronaVac, com a �ndia, isso tudo est� provado", afirmou Renan.

A d�vida de Renan � se o relat�rio que ele vai redigir sobre os primeiros 30 dias de trabalho ser� um resumo ou tamb�m incluir� suas conclus�es. O relator disse que vai conversar na quarta-feira com os demais integrantes do colegiado para decidir qual ser� o formato do texto.

A partir deste primeiro documento, o pr�ximo passo do grupo ser� tentar quantificar quantas mortes poderiam ser evitadas e quantas foram causadas pelas a��es, ou a falta delas, do presidente Jair Bolsonaro. "Vamos ouvir a academia, a ci�ncia e receber os estudos das mortes evit�veis", afirmou o emedebista.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), defende um relat�rio apenas de resumo. A estrat�gia de antecipar algumas conclus�es da CPI desagrada tamb�m ao senador Humberto Costa (PE), representante do PT na comiss�o.

"Fazer uma coisa antes de terminar a investiga��o vai abrir uma pol�mica terr�vel antes de ter todos os dados, tudo efetivamente. No meio do relat�rio, se tiver qualquer imprecis�o, esse relat�rio vai ser objeto de verdadeiro espancamento", argumentou Costa.

Para o senador Rog�rio Carvalho (PT-SE), por�m, os depoimentos at� agora da CPI apontam para o que chama de uma s�rie de "crimes sanit�rios" praticados por autoridades que deveriam conter a pandemia no pa�s. Para Carvalho, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, ter� de agir ap�s o relat�rio final. "Com uma investiga��o bem-feita, um relat�rio sem v�cios, e isso encaminhado � PGR, n�o tenho d�vida de que o procurador vai agir", afirmou o petista, que � suplente na comiss�o.

Palanque 

O senador governista Marcos do Val (Podemos-ES), tamb�m suplente do colegiado, criticou o bloco que hoje domina a CPI, formado pelo chamado G7 – grupo de sete parlamentares que se dizem independentes ou fazem oposi��o a Bolsonaro. De acordo com ele, a ideia de fazer um relat�rio preliminar serve apenas como "palanque" para esses pol�ticos. 

“A CPI foi montada para isso, est� persistindo em tentar culpar o governo federal de alguma forma. Est� claro a cada vez que passa que os governos estaduais foram os grandes respons�veis tamb�m, mas eles querem s� focar no governo federal”, disse Do Val.

"Esse pr�-relat�rio com certeza � para enfraquecer (o governo federal). Quando voc� est� no meio e v� inten��es para palanque e n�o para efetivamente dar uma resposta para sociedade, � revoltante", disse o senador do Podemos. Interesses eleitorais de integrantes da CPI tamb�m � o argumento que o senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, tem usado para desacreditar os trabalhos da comiss�o.

Embora n�o fa�a parte do colegiado, Fl�vio tem participado das sess�es e protagonizado discuss�es com Renan. "A popula��o est� olhando a CPI e enxergando muito mais uma tentativa de, alguns senadores apenas, anteciparem as elei��es de 2022", afirmou Fl�vio ao fim da sess�o de anteontem. (Com ag�ncias)



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