O in�cio dos trabalhos da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid no Senado foi palco de uma nova briga entre o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL) e a base governista que integra a comiss�o. Nesta ter�a-feira (25), antes de iniciar a esteira de questionamentos � secret�ria de Gest�o do Trabalho e da Educa��o na Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Mayra Pinheiro, Renan abriu sua fala comentando sobre o Julgamentos de Nuremberg, que julgou diversos l�deres nazistas ap�s o fim da segunda guerra mundial.
Antes de terminar sua fala, no entanto, Renan foi interrompido por senadores governistas que viram na fala um "paralelismo" do relator. O coro de reclama��es teve participa��o do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), Marcos Rog�rio (DEM-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e do filho do presidente, senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Heinze, inclusive, aumentou o tom contra o relator, dizendo que a responsabilidade de 450 mil mortes do Brasil � daqueles que "negam o tratamento (precoce)".
Com o tumulto que a fala inicial de Renan Calheiros causou, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), chamou a aten��o do relator, dizendo que o que ele estava lendo ali n�o poderia ser usado como refer�ncia a ningu�m ali. Renan concordou com Aziz e concluiu sua fala afirmando que n�o se pode comparar o holocausto com a pandemia no Brasil, mas afirmou haver uma semelhan�a "assustadora" no comportamento de algumas autoridades que prestaram depoimento � comiss�o com as que foram julgadas Nuremberg.
'Julgamento da hist�ria'
Renan falou principalmente sobre o Hermann Goering, ex-n�mero dois do regime nazista, que julgado, continuou "negando tudo, enaltecendo Hitler, apresentando como salvadores da p�tria, enquanto a hist�ria provou que faziam parte de uma m�quina da morte", afirmou o relator, antes de come�ar os questionamentos a Mayra. "Deixo registrado nos anais desta comiss�o, inclusive como alerta para futuros depoentes, n�o importa o quanto possam tergiversar aqui, o julgamento da hist�ria � implac�vel", concluiu.
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