Guedes desconversa sobre or�amento secreto e diz que democracia est� em evolu��o

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi questionado sobre o esquema do or�amento secreto, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado), mas, mais uma vez, n�o respondeu diretamente �s perguntas. Em audi�ncia na Comiss�o de Educa��o da C�mara dos Deputados, Guedes defendeu a "boa pol�tica" e, em seguida, foi questionado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) sobre o esquema montado pelo governo para conquistar apoio por meio de um or�amento secreto de R$ 3 bilh�es, que foi destinado exclusivamente para apoiadores.

"N�o � emenda, � toma-l�-d�-c�. Vossa excel�ncia considera isso uma boa pol�tica?", questionou Valente.

"Quando ele pergunta sobre o or�amento paralelo... Na verdade, as emendas... eu acho que a democracia est� em evolu��o. Eu acho que temos que aprender a fazer or�amentos juntos. E os or�amentos s�o realmente controlados pela maioria", respondeu Guedes.

Apesar de o Minist�rio da Economia ser o respons�vel pelo envio da pe�a or�ament�ria ao Congresso Nacional, Guedes disse que cabe � Pasta apenas executar o or�amento aprovado pelo Congresso.

"Cada governo, cada maioria, tem suas prioridades. E essas prioridades t�m que entrar na execu��o or�ament�ria. Cada um tem suas prioridades, e o Minist�rio da Economia cumpre", alegou Guedes

Cumpridor de decis�es do STF

O ministro da Economia disse ainda nesta ter�a-feira que � obrigado a cumprir decis�es do Supremo Tribunal Federal (STF), como a que permitiu que aposentados e militares da reserva que continuam trabalhando na administra��o p�blica recebam acima do teto constitucional do funcionalismo, atualmente em R$ 39,2 mil.

O Minist�rio da Economia publicou uma portaria com a nova regra no fim de abril, o que beneficiou o presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, com um "aumento" de R$ 2,3 mil por m�s e o vice-presidente Hamilton Mour�o, de R$ 24 mil mensais.

Guedes disse que isso foi feito para seguir entendimento do STF sobre o tema. "Sou obrigado a cumprir decis�es do STF mesmo que n�o concorde. Vou ter que devolver impostos que n�o foram pagos porque STF decidiu", disse, em refer�ncia ao julgamento que retirou o ICMS da base de c�lculo do PIS/Cofins.

O ministro respondeu veementemente o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que criticou o fato de Guedes, apesar de ser ex-bolsista do CNPQ, cortar recursos para a �rea de educa��o. "A pol�tica deforma tudo, cria narrativas deformadas. Defendo voucher para educa��o porque vi o efeito, tive bolsa do CNPQ, n�o me envergonho", afirmou.