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Estado de Minas POL�TICA

CPI: 'Pleiteei autonomia, n�o insubordina��o ou anarquia', diz Luana Ara�jo


02/06/2021 10:59

A m�dica infectologista Luana Ara�jo iniciou sua fala � CPI da Covid afirmando ser "intoler�vel" o cen�rio de mais de 460 mil mortes provocadas pela pandemia do novo coronav�rus no Brasil. Convidada pelo ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, para ocupar o cargo de Secret�ria Extraordin�ria de Enfrentamento � Covid-19 do Minist�rio da Sa�de, Luana deixou a equipe de Queiroga dez dias depois, antes mesmo de sua nomea��o se confirmar.

Em declara��o inicial aos senadores, ela relatou ter afirmado a Queiroga que s� aceitaria o convite se lhe fossem garantidas a autonomia necess�ria e respeitadas a cientificidade e tecnicidade. "Pleiteei autonomia, n�o insubordina��o ou anarquia. Precisaria ter autonomia necess�ria para agir, no que fui prontamente respondida pelo ministro de forma afirmativa e concreta", afirmou ela.

Em fala enf�tica sobre a necessidade de combater a pandemia com medidas t�cnicas e cient�ficas, Luana afirmou ser "imperativo" que se deixe de lado o que "n�o presta mais". "Pelos nossos erros perdemos a confian�a do povo", disse a m�dica. "Ci�ncia n�o tem lado, � bem ou mal feita. � ferramenta de produ��o de conhecimento pra servir a popula��o. Essa dist�ncia ou oposi��o entre popula��es e ci�ncia n�o existe. Ci�ncia deve ser protegida. Viv�ncia de crise sanit�ria complexa e gigantesca exige resposta multifatorial", disse a m�dica.

Ela disse ainda que, quando convidada por Queiroga para falar sobre o posto na Sa�de, o ministro lhe apresentou um projeto s�lido, baseado em evid�ncias, "de supera��o desses obst�culos no contexto brasileiro". "Uma necessidade de algu�m t�cnico e competente, uma secretaria t�cnica, um desejo antigo seu (de Queiroga). Sua apresenta��o foi consonante aos meus valores", disse.

"320 dias, mais de 320 dias. Esse seria o tempo que ter�amos que ficar quietos para respeitar um minuto de sil�ncio para cada uma das mais de 460 mil mortes pelo covid-19", come�ou dizendo aos senadores. "Isso � intoler�vel, e toda pessoa deve fazer o que estiver a seu alcance para impedir essa hecatombe", declarou.

Nise Yamaguchi

O come�o dos trabalhos da CPI da Covid, nesta manh�, foi dedicado � avalia��o de senadores sobre a oitiva da m�dica Nise Yamaguchi, que prestou depoimento ontem ao colegiado. Enquanto membros governistas do colegiado reclamaram do tratamento dado a m�dica, senadores respons�veis pelos questionamentos mais duros � especialista defenderam que Nise n�o poderia "mentir deliberadamente" sem ser confrontada.

Governistas, como Marcos Rog�rio (DEM-RO) e Ciro Nogueira (PP-PI), reclamaram das interrup��es ao depoimento da m�dica. Entre os principais pontos de reclama��o dos governistas, estava a s�rie de perguntas do senador e m�dico Otto Alencar (PSD-BA), que confrontou a m�dica com uma s�rie de quest�es t�cnicas Nise n�o soube responder.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que tamb�m figurou entre os que fizeram questionamentos mais duros � m�dica, defendeu que qualquer cidad�o que comparece ao parlamento para "deliberadamente enganar, mentir, omitir" ser� confrontado com dados. "Um eventual momento de um exagero de ret�rica n�o vai deixar, n�o vai eclipsar, n�o vai ocultar o fato", disse o parlamentar, afirmando que Nise compareceu ao senado para "desinformar".

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) concordou com Vieira. Para o cearense � "surpreendente" que defensores do presidente Jair Bolsonaro fiquem "surpresos com as interven��es t�cnicas" feitas a Nise nesta ter�a-feira, enquanto o presidente continua a continuar a usar "grosserias" e "palavras de baixo cal�o" para atacar seus advers�rios.


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