O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 26 de junho a retomada do julgamento sobre a suspei��o do ex-juiz S�rgio Moro no processo do tr�plex do Guaruj�, que levou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) � pris�o por 580 dias. Est�o pendentes os votos do pr�prio Fux e do decano Marco Aur�lio Mello. O plen�rio j� tem maioria formada para declarar Moro parcial no caso
A continuidade do julgamento foi pautada depois que a defesa do petista pediu que a vota��o seja conclu�da antes da aposentadoria de Marco Aur�lio, marcada para 5 de julho, por videoconfer�ncia ou no plen�rio virtual. Em abril, a sess�o foi interrompida por um pedido de vista (mais tempo para an�lise) do decano, ap�s discuss�o travada entre os colegas Gilmar Mendes e Lu�s Roberto Barroso.
At� o momento, sete ministros j� votaram para manter de p� o entendimento da Segunda Turma de que Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente - e apenas dois defenderam o arquivamento da discuss�o, o que poderia livrar Moro da controv�rsia e blindar o trabalho do ex-juiz na 13.� Vara Federal de Curitiba. A posi��o do plen�rio marca uma nova vit�ria de Lula no STF, imp�e uma amarga derrota � Lava Jato e frustra o relator da opera��o, Edson Fachin, que havia tentado uma manobra para esvaziar a discuss�o sobre a conduta de Moro.
Entre os pontos levantados pelos ministros para questionar a atua��o do ex-juiz estiveram a ordem para condu��o coercitiva de Lula para ser interrogado pela Pol�cia Federal nos autos da Opera��o Alethea, 24� fase da Lava Jato; o grampo no escrit�rio de advocacia de Cristiano Zanin, que defende o ex-presidente; a obstru��o ao cumprimento da decis�o, tomada no plant�o judici�rio pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o, Rog�rio Favreto, que mandou soltar o petista em julho de 2018, quando ele estava preso em Curitiba; a retirada do sigilo de trechos da dela��o premiada do ex-ministro Antonio Palocci �s v�speras das elei��es de 2018; o vazamento da conversa entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que o nomeou como ministro chefe da Casa Civil; a assun��o do cargo de Ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica do governo Jair Bolsonaro e a entrada como s�cio-diretor na consultoria Alvarez & Marsal, que presta servi�os para empresas condenadas na Opera��o Lava Jato. O ex-juiz diz ter 'absoluta tranquilidade' sobre decis�es tomadas nos processos envolvendo o ex-presidente.
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