Bolsonaro diz que n�o aceita convite para depor a Renan na CPI

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que recusaria um convite para depor na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da covid-19, caso recebesse um. "Eu n�o aceitaria ser convidado para CPI para Renan Calheiros (MDB-AL). Quer convocar? � o poder da CPI convocar. Agora, aceitar convite para ser inquirido por uma figura desqualificada como Renan Calheiros ou Otto Alencar (PSD-BA)? Ou Omar Aziz (PSD-AM), n�o tem realmente cabimento isso ai. CPI � coisa s�ria, pessoal. No passado, CPIs eram levadas com muita mais seriedade. Pessoal acha que CPI vai derrubar um presidente, mas porque? Est�o apurando desvio de recurso? N�o, n�?", afirmou Bolsonaro em sua live semanal com transmiss�o pela internet, nesta quinta-feira, 3.

Ele afirmou que a comiss�o estaria perdendo uma oportunidade de, segundo ele, de discutir o "tratamento imediato" que, para o presidente, consiste no uso de medicamentos com inefic�cia cientificamente comprovada contra a covid-19, como � o caso da hidroxocloroquina. Bolsonaro tamb�m fez ataque aos integrantes da CPI.

Ele chamou o relator da CPI, Renan Calheiros de "recordista em inqu�rito no Supremo. Sobre o presidente do colegiado, Aziz, o chamou de "PHD em desvio de recurso". J� em rela��o ao vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), ele evitou citar o nome e disse apenas. "O outro l�. Aquela pessoa l� do Amap�", disse.

"Aquela pessoa que � contra tratamento imediato e n�o d� outra alternativa �, no m�nimo, um canalha, t�? Porque eu tomei aquele rem�dio. N�o vou falar aqui para n�o cair a minha live, eu tomei aquele rem�dio. Senti mal h� poucas semanas, tomei o meu rem�dio tamb�m, o mesmo rem�dio, no dia seguinte fiz o teste, por coincid�ncia n�o estava infectado", disse. Posteriormente, Bolsonaro afirmou ter feito o teste antes de viajar ao Equador no fim de maio.

Enquanto o Brasil ultrapassa o n�mero de 465 mil mortes pela doen�a e sofre com o atraso de vacinas, Bolsonaro disse que n�o politizou a pandemia.

"Vou pagar com a mesma moeda, o que que est� comprovadamente cient�fico voc� usar depois que voc� tiver falta de ar? Um tubo? Agora, mais cedo ou mais tarde, isso vir� � tona, ver�o que milhares de pessoas poderiam estar entre n�s, vivas, se o outro lado n�o politizasse isso. Eu n�o politizei isso, n�o politizei isso. Quem politizou foi o outro lado, quem diz para n�o tomar e n�o dar outra alternativa, s�o eles", afirmou.