Para Leite, PSDB deve 'sintonizar' com as ruas

Candidato �s pr�vias que v�o definir o nome do PSDB para a disputa presidencial, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tem sido cortejado por v�rias siglas, mas diz que n�o vai sair do partido, mesmo se n�o for o vencedor da disputa interna. "Quero ajudar o PSDB a voltar a sintonizar os sentimentos das ruas", afirmou ele em entrevista ao Estad�o, numa refer�ncia ao clima de oposi��o que ronda o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Al�m de Leite e Doria, devem participar da disputa o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virg�lio. "Eu estou muito firme e decidido a participar, mas n�o sou obcecado por um projeto pessoal", disse o governador ga�cho, que costuma fazer elogios p�blicos a Tasso.

Os quatro pr�-candidatos do PSDB v�o mesmo disputar pr�vias ou � poss�vel um entendimento?

Eu estou muito firme e decidido a participar, mas n�o sou obcecado em torno de um projeto pessoal. Eu n�o estou nessa por um projeto pessoal. Fui provocado por um grupo de deputados que entendiam que eu deveria representar essa discuss�o e eu estou trabalhando nessa linha. Eu tenho toda disposi��o de conversar, dialogar. S� que neste momento, n�o parece haver isso.

O sr. disse que n�o vai tentar a reelei��o no Rio Grande do Sul. Isso � definitivo? Se n�o for escolhido nas pr�vias, ser� candidato ao Senado?

Eu olho para essa elei��o do ano que vem como uma oportunidade de contribuir do ponto de vista de liderar um projeto nacional, pelo que me provocaram alguns parlamentares, e outras pessoas t�m defendido isso. T�m surgido alguns apontamentos importantes e eu estou disposto a contribuir nesse sentido. Se n�o se viabilizar essa candidatura, eu pretendo concluir meu mandato sem outra candidatura no ano que vem.

Fica no PSDB mesmo se n�o for escolhido candidato a presidente?

Vou ficar. Estou filiado h� 20 anos no PSDB. � um partido que me reconhe�o do ponto de vista program�tico. Quero ajudar o PSDB a voltar a sintonizar os sentimentos das ruas.

O sr. se reuniu recentemente com o presidente do MDB, Baleia Rossi, que � aliado de Doria. O que foi discutido?

N�o entramos nos assuntos de S�o Paulo. O MDB � um parceiro nosso no Rio Grande do Sul, ampliou a participa��o no nosso governo, tinha uma secretaria e agora tem duas. A conversa com o presidente do MDB, Baleia Rossi, foi no sentido dessa parceria pol�tica. Temos um bom di�logo no sentido de tentar construir alternativas, em conjunto, para o pr�ximo ano tamb�m.

Em 2019 o sr. chegou a defender a expuls�o do deputado A�cio Neves do PSDB, mas recentemente conversou com ele, que � advers�rio de Doria. O sr. mudou de opini�o sobre A�cio?

Eu me resignei com o fato de o partido sequer ter aberto comiss�o para discutir a expuls�o. Houve de fato ali uma conduta que merecia discuss�o, inclusive uma oportunidade para o deputado apresentar a defesa, suas considera��es. Mas nem sequer se discutiu o tema, o que foi um erro do partido. Agora, ele pediu o nosso encontro. Argumentou que as pr�vias devem ser transferidas para o ano que vem, mas eu discordo. Eu disse a ele que n�o tem problema a gente conversar com outros partidos, mas precisamos ter um candidato neste ano.

O governador Doria tem defendido que os votos de todos os filiados nas pr�vias tenham o mesmo peso. O senhor, Tasso e Virg�lio pensam diferente. H� chance de haver um consenso sobre isso?

O candidato que vai emergir das pr�vias n�o ser� um candidato para S�o Paulo. Ser� para o Brasil. Sem d�vida � muito importante que todo filiado possa votar, mas equalizando isso em um modelo que ajude a traduzir a decis�o de uma candidatura que realmente se viabilize para o Brasil.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.