O vice-presidente do PDT e pr�-candidato �s elei��es presidenciais de 2022 pelo partido, Ciro Gomes (CE), disse que lutar� para disputar o segundo turno do pleito do ano que vem. Convicto de conseguir avan�ar na corrida eleitoral, Ciro diz que sua certeza n�o � apenas porque deseja estar na disputa, mas porque tem "obriga��o moral" de dar ao povo brasileiro uma outra op��o, que seja "escolher entre coisa ruim e coisa pior", em refer�ncia ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista nesta manh� � R�dio Tupi, Ciro refor�ou cr�ticas aos dois pol�ticos. Na avalia��o dele, o Brasil se apresenta como um pa�s "marginal" no exterior como resultado dos governos de Lula e Bolsonaro. Em um pedido � popula��o, Ciro apela para que os candidatos sejam cobrados a identificar e refletir sobre as causas que "nos trouxeram a essa trag�dia". "E a� n�o vai ter jeito, as pessoas v�o lembrar claramente que o Bolsonaro n�o caiu de paraquedas", pontuou.
Ciro avalia que o resultado das elei��es de 2018 que deu a vit�ria a Bolsonaro foi uma "revolta compreens�vel" da popula��o contra os governos petistas e a corrup��o. "Mas agora vamos deixar por menos s� porque o Bolsonaro est� traindo a sociedade brasileira?", questionou. "Vamos mandar os dois brigarem l� fora e restabelecer um ambiente de compreens�o, amor e di�logo". "� por isso que eu vou lutar", garantiu. Segundo ele, se a popula��o n�o "for�ar uma m�o" no pleito de 2022, a disputa ficar� entre Lula e Bolsonaro.
Pandemia
Ciro tamb�m fez cr�ticas � atua��o da gest�o de Bolsonaro no combate � pandemia da covid-19. Segundo disse, em mar�o do ano passado ele enviou uma carta ao chefe do Executivo e se p�s � disposi��o do presidente. Ciro afirma que, apesar de ter se declarado oposi��o no documento enviado, ele afirmou que "suspenderia a guerra" para agir junto contra o v�rus.
Na carta, Ciro afirma que tamb�m sugeriu algumas medidas a serem adotadas, como a realiza��o de testes em massa na popula��o e a ado��o de isolamento social radical no Brasil. "A gente tem que mostrar para o povo que n�o existe rem�dio para o v�rus", em refer�ncia � defesa de Bolsonaro da cloroquina no tratamento da doen�a.
Dentre as sugest�es, Ciro refor�ou que fez um apelo para que fosse garantido o aux�lio emergencial de R$ 600 � popula��o at� que o Pa�s estivesse 75% vacinado. Segundo ele, tamb�m foram dadas sugest�es de onde tirar o dinheiro para ser investido no benef�cio. "Todas as sugest�es que eu fiz ele fez o oposto", pontuou. "E a� n�o d� para a gente n�o chamar o Bolsonaro de traidor", acrescentou.
Na segunda-feira (7), Ciro lan�ou uma campanha publicit�ria na qual defende o uso da palavra "traidor" para definir o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, Bolsonaro "traiu" o eleitorado, a religi�o, as For�as Armadas e a democracia.
POL�TICA