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Estado de Minas POL�TICA

'Me ajuda nas redes', pediu Wajngarten a blogueiro bolsonarista investigado


10/06/2021 13:55

Mensagens obtidas pela Pol�cia Federal (PF) no inqu�rito dos atos antidemocr�ticos mostram que, enquanto ocupou o cargo, o ex-secret�rio de Comunica��o da Presid�ncia F�bio Wajngarten recebeu aconselhamento do blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Ter�a Livre.

Em abril de 2019, o ent�o secret�rio colocou o blogueiro em um grupo de WhatsApp classificado por ele como "grupo de pensamento de m�dia da Secom". Depois disso, os dois se reuniram e conversaram sobre a comunica��o do governo federal, segundo apontam as conversas. Um dos encontros, de acordo com Allan dos Santos, foi para "transmitir alguns conselhos do Olavo" - em prov�vel refer�ncia ao "guru" do bolsonarismo Olavo de Carvalho. "Na Secom, contem comigo", chegou a escrever o blogueiro a um interlocutor.

As mensagens trocadas tamb�m mostram que o secret�rio contou com a ajuda do blogueiro quando entrou na mira da Pol�cia Federal sob suspeita de usar o cargo para direcionar verbas de propaganda do governo a clientes de sua empresa de publicidade. Wajngarten chega a mandar o que chama de "argumentos sintetizados" sobre o caso e pede: "me ajuda nas redes por favor".

Ao Estad�o, o ex-secret�rio afirmou que sua gest�o na Secom foi "exclusivamente t�cnica". "Tanto n�o tinha nada nas conversas que n�o sou parte nesse inqu�rito. N�o tenho nenhuma rela��o com Allan. Devo t�-lo visto n�o mais que 3-5 vezes. � dono de ve�culo, devo ter falado com o ve�culo 2-3 vezes. Hoje foi uma delas. Absolutamente nada al�m. Durante a minha gest�o nenhum centavo foi investido em blogs ou sites. Tudo atrav�s do Google", disse.

No �ltimo relat�rio parcial da Pol�cia Federal, enviado ao Supremo Tribunal Federal em dezembro, a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro sugeriu a abertura de um inqu�rito espec�fico para investigar os mecanismos usados pela Secretaria Especial de Comunica��o Social da Presid�ncia (Secom) e os servidores do �rg�o que podem ter favorecido canais bolsonaristas e antidemocr�ticos com an�ncios publicit�rios custeados pelo governo.

As suspeitas da PF sobre o poss�vel direcionamento de verbas de publicidade para financiar p�ginas na internet dedicadas a promover manifesta��es contra a democracia vieram a p�blico em setembro do ano passado, ocasi�o em que o Pal�cio do Planalto foi envolvido diretamente no inqu�rito pela primeira vez. O investimento de dinheiro p�blico nesses sites tamb�m foi identificado pela CPI das Fake News.

A Secom j� afirmou que a distribui��o de verbas publicit�rias "segue os crit�rios constitucionais de impessoalidade, legalidade, moralidade, publicidade e efici�ncia" e que a distribui��o da publicidade digital oficial do governo "� de responsabilidade do Google Ads", ferramenta do Google na qual o usu�rio define par�metros sobre qual p�blico-alvo quer alcan�ar com o an�ncio.

Apesar de n�o haver um controle direto sobre quais sites as pe�as s�o exibidas, o governo tem a op��o de bloquear a sua presen�a em determinadas p�ginas ou adicionar filtros que impe�am sua divulga��o em sites considerados inadequados.

Defesa

"O ex-secret�rio F�bio Wajngarten informa que n�o houve verba direcionada para nenhum site ou blog. Sua gest�o foi baseada em m�dia t�cnica. Eventual publicidade recebida por sites foram feitas pela plataforma do Google que atrav�s de algoritmos remunera p�ginas mais acessadas sem qualquer direcionamento."


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