'Fui cassado em um tribunal de exce��o', afirma Witzel na CPI a Covid

Antes mesmo de o interrogat�rio come�ar na CPI da Covid, o governador cassado do Rio Wilson Witzel tentou elaborar uma defesa diante dos integrantes da comiss�o. Ele negou as acusa��es pelas quais foi retirado do cargo, resultado de um impeachment por corrup��o na Sa�de durante a pandemia. O ex-governador voltou a dizer que foi alvo de uma persegui��o pol�tica, e cassado por um "tribunal de exce��o".

Wilson Witzel sugeriu, por exemplo, que seja quebrado o sigilo do seu vice e hoje governador do Rio, Cl�udio Castro, aliado da fam�lia Bolsonaro. "Cl�udio Castro estava em Bras�lia na v�spera de buscas, isso merece quebra de sigilo", disse Witzel, para quem � necess�rio investigar quem estaria por "tr�s" do seu processo de impeachment, apontando para uma "m�fia" na �rea da Sa�de.

Witzel afirmou que a CPI deveria aprovar a quebra de sigilo de organiza��es sociais de sa�de do Estado, que administram UPAs e hospitais, para verificar para onde est�o indo os recursos p�blicos. "Eu sai, mas as OS est�o l� operando livremente", disse. "Empres�rio Edson Torres � criminoso contumaz e est� solto", afirmou Witzel sobre o empres�rio apontado como operador econ�mico do esc�ndalo envolvendo desvios de recursos na sa�de do Rio.

"Fiz auditoria em organiza��es sociais, maior m�fia no RJ � na sa�de. Meu impeachment foi financiado por organiza��es sociais e algu�m recebeu dinheiro. Quem recebeu dinheiro para meu impeachment pode ser do sistema do Judici�rio", disse tamb�m o ex-governador, para quem "tudo come�ou" quando ele determinou uma "investiga��o imparcial" do caso Marielle. Witzel acrescentou ainda que espera para que o mandante do assassinato, "quem sabe, seja descoberto".

"A CPI pode deferir sob segredo de justi�a, e aqui vai uma sugest�o, com o Supremo Tribunal Federal, medidas cautelares de busca e apreens�o de celular e documentos para sabermos quem est� por tr�s do meu impeachment", refor�ou ele, afirmando estar com a vida amea�ada. "Corro risco de vida, por causa da m�fia da sa�de, e tenho certeza que tem miliciano envolvido", disse Witzel.