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Estado de Minas COVID-19

CPI deve anunciar hoje Marcelo Queiroga como um dos investigados

Ao todo, pelo menos oito pessoas devem ter suas a��es contra COVID devassadas pelos senadores da comiss�o


18/06/2021 04:00 - atualizado 18/06/2021 07:30

Senador Renan Calheiros, relator da CPI, defende o nome do ministro da Saúde entre investigados(foto: EVARISTO SÁ/AFP - 27/5/21)
Senador Renan Calheiros, relator da CPI, defende o nome do ministro da Sa�de entre investigados (foto: EVARISTO S�/AFP - 27/5/21)
Bras�lia – A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID no Senado deve mudar a linha de investiga��o nos pr�ximos dias. Isso porque o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou ao G7 – como � conhecido o grupo dos senadores mais influentes da CPI – uma lista com nomes de testemunhas que ele deseja tornar investigados.

Ao todo, s�o 10 nomes, mas nem todos os senadores t�m certeza sobre a presen�a do ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, entre eles. Alguns acham que seria necess�rio aguardar antes de inclu�-lo. Al�m disso, a partir de hoje, com a aus�ncia do empres�rio bolsonarista Carlos Wizard, convocado para a sess�o de ontem, o colegiado dever� ser mais r�gido com os pr�ximos visitantes.

O Correio Braziliense/Estado de Minas apurou que a lista cont�m o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello, que j� foi ouvido pelos senadores e � considerado fundamental para a comprova��o da exist�ncia de um “gabinete paralelo” criado para deliberar sobre a��es de combate � pandemia.

Integram a rela��o  ainda o ex-chanceler Ernesto Ara�jo; a m�dica pediatra Mayra Pinheiro, conhecida como “Capit� Cloroquina”; a m�dica oncologista e defensora da cloroquina Nise Yamaguchi; e o virologista Paolo Zanotto, apontado como idealizador do gabinete paralelo, al�m do pr�prio Wizard.

Tamb�m est� na rela��o a coordenadora do Programa Nacional de Imuniza��o, Francieli Fantinato, respons�vel por editar a medida que permitia a gr�vidas que tomaram a vacina da Astrazeneca receberem a dose de refor�o de outra marca. “Isso provocou mortes. Segundo se sabe, a mando de Queiroga.

O nome � intercambialidade. Isso � um crime. N�o se sabia se teria efeitos colaterais. Fizeram como se fosse cobaia. Quando Queiroga sentiu o drama, tirou ela e chamou a (imunologista) Luana Ara�jo. Mas ela tinha outra cabe�a e n�o p�de ficar”, relatou o senador Otto Alencar (PSB-BA).

Renan Calheiros vai relacionar tamb�m os crimes pelos quais todos passar�o a ser investigados, como os previstos nos artigos 132 do C�digo Penal (perigo para a vida ou sa�de de outrem), 268 (infra��o de medida sanit�ria preventiva), 315 (emprego irregular de verbas ou rendas p�blicas) e 319 (prevarica��o).

A maior surpresa da lista seria a inclus�o de Queiroga, que ainda � avaliada pelo G7, que tem maior poder de voto e inclui, al�m do relator, o presidente Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Otto Alencar, Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rog�rio Carvalho (PT-SE).

"N�o h� ainda formaliza��o do relator de que o Queiroga ser� investigado. Ele vai apresentar uma rela��o de pessoas que ele acredita que devem ser transformadas de testemunha em investigados. Isso � positivo, porque estamos avan�ando na investiga��o, mas n�o temos conhecimento desses nomes", afirmou Humberto Costa.

Costa, entretanto, defende a inclus�o do ministro da Sa�de no rol de investigados. "Queiroga realizou a��es absolutamente question�veis do ponto de vista legal, inclusive a tentativa de convencer a OMS (Organiza��o Mundial de Sa�de) do tratamento precoce. Mas no depoimento ele mentiu, como mentiu em v�rias oportunidades", afirmou. "A meu ju�zo, ele teria, sim, raz�es para ser considerado investigado", completou.

Renan Calheiros � favor�vel � inclus�o de Queiroga porque, segundo ele, o titular da pasta da Sa�de j� deu motivos suficientes para tanto. Um deles seria ter inclu�do a cloroquina e o "tratamento precoce" (feito com base em drogas ineficazes contra a COVID) em uma conversa com o diretor-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Tedros Adhanom, em abril.

REQUERIMENTOS

Quatorze requerimentos de transfer�ncia de sigilo, convoca��o e pedidos de informa��o est�o na pauta da comiss�o hoje, entre eles os pedidos de dilig�ncia para que o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, que prestou depoimento na quarta-feira, seja ouvido em reuni�o reservada.

Os parlamentares ouvir�o ainda os m�dicos Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves. Zimerman foi convidado a partir de requerimentos dos senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Marcos Rog�rio (DEM-RO). J� Alves teve convite solicitado por Jorginho Mello (PL-SC), Ciro Nogueira (PP-PI) e Heinze.

“Vemos as pesquisas cient�ficas e as pol�ticas p�blicas sendo constru�das dia a dia, minuto a minuto, em cima de casos, dados e estat�sticas divulgados que ainda v�o demandar muitas pesquisas adicionais. Pensamos que a convoca��o de Zimerman ser� de import�ncia singular para que exponha sua atua��o e seus conhecimentos sobre o assunto”, disse Marcos Rog�rio. 

Zimerman � m�dico infectologista e ex-presidente da Associa��o Ga�cha de Profissionais em Controle de Infec��o e Epidemiologia Hospitalar. Ele afirma em v�deo que medicamentos para o "tratamento precoce", j� t�m efic�cia comprovada. Alves � especialista em Infectologia pelo Instituto Em�lio Ribas e diretor-presidente da Associa��o Nacional dos M�dicos Peritos da Previd�ncia Social (ANMP).

“O doutor Francisco Eduardo Cardoso Alves possui ampla experi�ncia na �rea cl�nica em doen�as infectocontagiosas, parasit�rias e tropicais (consult�rio, ambulat�rio, enfermaria, emerg�ncia e terapia intensiva), e como m�dico intensivista plantonista em hospitais de doen�as infecciosas, tanto da rede p�blica quanto privada”, afirma Ciro. Alves � apontado como um dos coautores da nota informativa do Minist�rio da Sa�de que dava orienta��es para o "tratamento precoce". (Com ag�ncias)


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