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Estado de Minas POL�TICA

Queiroga sugeriu di�logo sobre tratamento precoce e exaltou Bolsonaro na OMS


19/06/2021 10:30

O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, sugeriu � Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) um di�logo sobre o tratamento precoce, m�todo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro mas sem efic�cia comprovada contra a covid-19. A oferta de "converg�ncia" em torno do tema foi citada por Queiroga em reuni�o no dia 3 de abril com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, por teleconfer�ncia, conforme documento enviado pelo Itamaraty � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid. Na mesma conversa, o chefe da pasta apresentou Bolsonaro como o "principal ativo" para o Brasil avan�ar no combate � pandemia.

O incentivo ao tratamento precoce � uma das linhas de investiga��o da CPI. O relator da comiss�o, Renan Calheiros (MDB-AL), diz j� ter provas para responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro pelo descontrole da pandemia no Pa�s, que se aproxima de 500 mil perdas pelo novo coronav�rus. Al�m disso, ele justificou a oferta do tratamento precoce feita por Queiroga � OMS para incluir o atual ministro da Sa�de como investigado na CPI. Em depoimento aos senadores, na semana passada, o ministro afirmou que o tratamento precoce n�o tem efic�cia comprovada para covid.

"O dr. Queiroga notou que � preciso seguir avan�ando na harmoniza��o das rela��es no Brasil para maior �xito na luta contra a COVID-19. Reiterando sua disposi��o para o di�logo, argumentou que a imprensa poderia ajudar a transmitir mensagens mais ponderadas ('n�o � hora de jogar gasolina na fogueira; � hora de apagar o inc�ndio'). Disse que a rela��o do Brasil com a OMS pode ser refor�ada, mediante uma "colabora��o forte" com o Minist�rio da Sa�de. Sugeriu, inclusive, eventual di�logo da OMS e do Minist�rio com colegas m�dicos mesmo sobre �reas em que n�o haja converg�ncia (momento em que mencionou o chamado 'tratamento precoce, sem efic�cia comprovada')", diz o telegrama formulado pela Miss�o Permanente do Brasil em Genebra.

A reuni�o ocorreu menos de duas semanas ap�s Queiroga assumir o Minist�rio da Sa�de. Ele destacou ao diretor da OMS que estava se empenhando para dar exemplo quanto �s medidas de sa�de p�blica para enfrentar a pandemia. "Citou, nesse contexto, a import�ncia de h�bitos de higiene e de se evitar aglomera��es f�teis", destaca o comunicado. No mesmo per�odo, por�m, Bolsonaro participou de eventos de inaugura��o promovendo aglomera��es com apoiadores sem o uso de m�scara.

Ainda na reuni�o, Queiroga avaliou que buscou interlocu��o com parlamentares brasileiros e, com 10 dias no cargo, "j� pudera notar uma diminui��o na 'press�o' e um crescente ambiente para di�logo e entendimento." O ministro afirmou ao diretor da OMS que o presidente Jair Bolsonaro era um "grande patriota" com preocupa��o em rela��o �s consequ�ncias sociais e econ�micas da pandemia, sobretudo para os mais vulner�veis, citando o aux�lio emergencial pago a trabalhadores informais e desempregados.

"Notou que o Presidente Bolsonaro compreendera a efic�cia das medidas de sa�de p�blica para evitar a necessidade de um 'lockdown'. Para o ministro da Sa�de, o mandat�rio, como "l�der da Na��o", seria o principal ativo para o Brasil avan�ar na resposta � emerg�ncia sanit�ria."

Na reuni�o, Queiroga refor�ou o apelo para que o Brasil recebesse mais doses de vacinas. Sinalizou, ainda, a disposi��o para elevar o volume de doses do cons�rcio Covax Facility de 10% da popula��o para 20%. No ano passado, por�m, sob a gest�o do ex-ministro Eduardo Pazuello, o Brasil optou pelo porcentual m�nimo, apesar de ter recebido uma oferta maior do cons�rcio.

O diretor da OMS, por�m, ressaltou que v�rios pa�ses - e n�o s� o Brasil - passavam por problemas para receber imunizantes devido � demanda global aos produtores. Tedros Ghebreyesus "reconheceu que as vacinas s�o parte importante da resposta, mas recordou que, segundo a OMS sempre sublinha, � preciso usar estrat�gia abrangente, com recurso a 'all measures'", citando medidas como distanciamento f�sico e uso de m�scaras.

Para o relator da CPI, Queiroga "mentiu muito" ao falar na comiss�o e precisa ser investigado. "Ele finge que � ministro, defende o uso de m�scara e o presidente diz que ele estar� obrigado a fazer um decreto minimizando o uso de m�scara. Defende autonomia concorrente dos Estados e o presidente da Rep�blica entra, com a participa��o dele, contra essa autonomia concorrente", afirmou Renan.

Na avalia��o de Renan, Bolsonaro continua induzindo pessoas � morte com respaldo do ministro da Sa�de. "Ele (Queiroga) vai ter que ser investigado para que ele entenda que precisa parar com essa loucura, que ele n�o pode continuar, a pretexto do cargo que ocupa, a fazer essas atrocidades ou concordar com as atrocidades que s�o feitas diariamente pelo presidente da Rep�blica", criticou.


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