Manifesta��es organizadas por partidos pol�ticos, sindicatos e entidades estudantis aconteceram em ao menos 15 cidades do interior de S�o Paulo, entre a manh� e o in�cio da tarde deste s�bado. Os atos reuniram tamb�m pessoas sem v�nculo sindical ou partid�rio, descontentes com o governo pela falta de enfrentamento da pandemia do coronav�rus. Em todas as manifesta��es, al�m da sa�da do presidente Jair Bolsonaro, qualificado como "genocida", houve pedidos de mais vacina e mais aux�lio emergencial, al�m de "comida no prato". O uso de m�scara foi obrigat�rio, mas houve registros de aglomera��es.
Em Sorocaba, a manifesta��o come�ou em frente � Catedral, na Pra�a Fernando Prestes, e terminou na esta��o ferrovi�ria, ap�s passeata pelo centro. O protesto reuniu representantes de partidos pol�ticos, estudantes e moradores sem vincula��o partid�ria, como a comerciante Leonice Marques, de 64 anos, que segurava um cartaz com os dizeres "Fora genocida, j�". "Estamos perdendo muitos entes queridos. Perdi uma amiga e irm�. Ele (Bolsonaro) n�o tem respeito com as pessoas porque � um genocida, est� acabando com as fam�lias", protestou.
O estudante universit�rio Lu�s Felipe, de 20 anos, levava um cartaz com fotos e dizeres que ele mesmo explicou: "Bolsonaro mata, (Ricardo) Salles (ministro do Meio Ambiente) desmata e a fam�lia, mamata, porque est�o todos nas tetas do pa�s." A presidente do PSOL na cidade, Paula Penha, disse que as mobiliza��es ser�o mantidas at� que Bolsonaro caia. "N�o � normal termos duas mil mortes por dia no Pa�s e, aqui, em Sorocaba, 20 mortes todos os dias. A popula��o est� mostrando sua indigna��o com isso", disse.
O presidente do PT na cidade, Adailton dos Santos, disse que as manifesta��es v�o se intensificar na cidade at� o pr�ximo dia 25, quando est� prevista uma visita do presidente a Sorocaba. "Faremos atos di�rios para marcar nossa posi��o contra esse governo que � mais letal que o coronav�rus. Relutamos bastante em fazer o protesto devido � covid-19, mas estamos numa situa��o muito triste e as ruas sempre foram o nosso lugar", disse. Os organizadores estimaram o p�blico em 500 pessoas. A Pol�cia Militar n�o calculou.
Em Campinas, o protesto reuniu partidos pol�ticos, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantes. Ap�s a concentra��o no Largo do Ros�rio, tradicional ponto de manifesta��es, o grupo saiu em marcha pelas ruas e avenidas do centro. As vias foram interditadas pelos agentes de tr�nsito para a passagem dos manifestantes, que usavam m�scaras e, apesar dos pedidos dos organizadores, se aglomeraram em alguns pontos. A PM acompanhou a manifesta��o, mas n�o estimou o p�blico.
Manifestantes tamb�m se reuniram no centro de Ribeir�o Preto para pedir a sa�da do presidente. Os grupos se juntaram na Esplanada do Theatro Pedro II e percorreram as ruas do centro, levando faixas e cartazes. Al�m de carros de som, havia bandeiras e partidos de esquerda, como PT, PSOL e PSTU. Os organizadores distribu�ram m�scaras e �lcool em gel, mas houve aglomera��es pontuais. Agentes da Guarda Municipal e da PM acompanharam os atos, sem estimar o n�mero de participantes.
Em Piracicaba, os manifestantes ocuparam a Pra�a Jos� Bonif�cio, no centro, com faixas, cartazes e carros de som. Depois dos discursos e palavras de ordem contra o governo, o grupo percorreu a Rua Prudente de Moraes e encerrou o protesto no Terminal Central de Integra��o, na Avenida Armando Salles de Oliveira. Em Jundia�, os presentes fizeram uma carreata a partir do Pa�o Municipal. Os ve�culos levavam faixas com "Fora Bolsonaro" e pedido de vacina. Em Ara�atuba, uma carreata de protesto contra Bolsonaro saiu da Pra�a Ol�mpica e foi at� a Pra�a Rui Barbosa.
Cerca de 150 integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) protestaram contra o governo Bolsonaro ocupando a fazenda Floresta, de 1,7 mil hectares, em Marab� Paulista, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de S�o Paulo. Conforme o dirigente Luciano de Lima, a a��o visa demonstrar o descontentamento de acampados e assentados contra as pol�ticas agr�ria e social do governo federal.
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