Renan diz que seria 'erro brutal' interromper CPI no recesso do Congresso

O relator da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou neste domingo, 20, que seria um "erro brutal" paralisar a investiga��o durante o recesso da Casa. O senador disse acreditar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), n�o vai tomar "uma decis�o absurda como essa".

"Seria um erro brutal, n�o � comum se interromper um processo de investiga��o, sobretudo com a gravidade desse processo, dessa Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito", afirmou Renan em entrevista no per�odo da noite deste domingo � GloboNews. "Mais do que isso, eu acho que a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito deva se insurgir."

O Congresso suspende suas as atividades entre 18 e 31 de julho e de 23 de dezembro a 1� de fevereiro. Para haver o recesso de julho, � necess�rio que o Congresso aprove o Projeto de Lei de Diretrizes Or�ament�rias (PLDO).

Renan Calheiros declarou que "ningu�m de bom grado aceitar� uma paralisa��o" dos trabalhos. "Isso vai diretamente impactar com rela��o � conclus�o dos nossos trabalhos no prazo da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito", disse.

A CPI tem o prazo de dura��o de 90 dias. "N�s vamos esvaziar uma investiga��o que est� indo muito bem", refor�ou.

O relator disse que "todas as teses da investiga��o" foram comprovadas at� o momento. "N�s j� comprovamos o funcionamento, a exist�ncia do gabinete paralelo, do Minist�rio das Sombras. N�s comprovamos que o governo n�o quis comprar vacinas, que o presidente da Rep�blica continua sem acreditar na efic�cia dessas vacinas e a defender a imuniza��o natural", disse. "N�s, agora estamos indo, depois de aparelhados pela participa��o de pessoas do Tribunal de Contas, da Receita Federal e at� da Pol�cia Federal, o que vai se definir no decorrer dessa semana, adentrar na quest�o dos recursos, seguir o dinheiro, se houve desvios, se n�o houve desvios", acrescentou.

Al�m disso, Renan repetiu que a CPI analisa se pode investigar o presidente Jair Bolsonaro. "Estamos estudando se vamos poder ouvir o presidente da Rep�blica. H� uma d�vida se essa oitiva pode se fazer por escrito, na medida em que o presidente da Rep�blica pode responder por escrito judicialmente algumas das indaga��es que lhes fazem. Se n�s pudermos ouvir, n�s vamos ouvi-lo."