O relator da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou como "absurda" a negocia��o do governo do presidente Jair Bolsonaro para compra da Covaxin e afirmou que o empres�rio Francisco Emerson Maximiano, s�cio da Precisa Medicamentos, poder� ser alvo de uma condu��o coercitiva se n�o comparecer � comiss�o. O depoimento est� marcada para esta quarta-feira, 23.
Conforme o Estad�o revelou, documentos do Minist�rio das Rela��es Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um pre�o 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela pr�pria fabricante. A compra das doses, produzidas pelo laborat�rio Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos, entrou na mira da CPI. A ordem para a aquisi��o da vacina indiana partiu pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro.
"N�s vamos aprofundar, nesta semana teremos um olhar especial para a negocia��o da Covaxin, que parece absurda sobre qualquer aspecto", disse Renan Calheiros em entrevista a jornalistas no Senado. "Era a vacina mais cara com o mais demorado calend�rio", destacou o parlamentar. Renan chamou a aten��o para o fato de a Covaxin ser a �nica vacina comprada pelo governo brasileiro por meio de um "atravessador", no caso, a empresa Precisa.
O depoimento do empres�rio est� marcado para esta quarta-feira, 23. Se ele n�o vier, declarou o relator, a CPI vai adotar as mesmas medidas solicitadas no caso do empres�rio Carlos Wizard - ou seja, poder� ser alvo de uma condu��o coercitiva com autoriza��o da Justi�a. "A cada dia a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito tem mais d�vida sobre o car�ter transparente e correto dessa negocia��o", disse Renan.
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