
Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, Kalil lembrou que, na �ltima elei��o municipal, Lula participou da campanha de Nilm�rio Miranda, que representou o Partido dos Trabalhadores na disputa.
“Lula estava na televis�o em novembro pedindo voto contra mim. Eu tenho obriga��o de pular no colo dele?”, disse, nessa ter�a-feira (22/6).
Ele lembrou que o ex-presidente e Jair Bolsonaro (sem partido) trabalharam contra a sua reelei��o, no ano passado. Na semana passada, Kalil admitiu ser pr�-candidato ao governo mineiro.
“Vamos ver o que vai acontecer at� l�. Falta muita �gua para passar debaixo dessa ponte”, ressaltou ontem. “Apoio, eu quero de todo mundo. Do Novo, do PT, do PDT, do PSB… Quero apoio de todos. Do PSL (tamb�m)”, exemplificou, ao tratar de poss�veis alian�as, visto que � tido como iminente concorrente de Romeu Zema (Novo) ao Pal�cio Tiradentes.
Neste ano, Kalil se reuniu com Fernando Haddad, que representou o PT na disputa presidencial de 2018. Carlos Lupi, que comanda o diret�rio nacional pedetista, tamb�m esteve em Belo Horizonte. Anteriormente, houve encontro com Carlos Siqueira, que preside o PSB.
O prefeito diz que vai manter o di�logo com diversas for�as. Ele n�o se furta, inclusive, a conversar com lideran�as antag�nicas.
“Se o Bolsonaro vier, ou me convocar, eu vou l�. Se o Lula vier aqui, ser� muito bem recebido”, garantiu.
Na entrevista ao EM, Kalil voltou a afirmar que n�o pode ser rotulado em termos pol�ticos. “J� tenho uma etiqueta. Sou atleticano. � como brinquei: daqui a pouco, v�o descobrir uma tatuagem do Cruzeiro na minha coxa. Querem colocar estrela no meu peito e que eu pegue em armas. N�o entra na cabe�a de ningu�m que n�o tenho etiqueta”.
Papel em elei��o presidencial
Ao ser perguntado sobre a disputa que bolsonaristas e petistas devem travar no pr�ximo ano, Alexandre Kalil diz n�o descartar a neutralidade. Para isso, recorre � �ltima elei��o belo-horizontina.
“Me dou o direito, inclusive, de ficar neutro. Quem veio me ajudar na minha reelei��o? Voc�s tiveram not�cias de Bolsonaro ou Lula aqui? Por que sou obrigado a n�o cruzar os bra�os e a n�o dizer ‘vota em quem quiser’?”, indagou. “Os dois tentaram puxar o meu p� aqui”, falou.
Mesmo assim, o prefeito reconhece que pode optar por algum caminho. “Posso chegar e falar ‘n�o vou ficar neutro, n�o. E qual � a for�a que eu tenho? Isso tem que ser me dito. Parece que o apoio do prefeito de Belo Horizonte pode mudar o cen�rio nacional. At� nisso tem que ter autocr�tica. O que vai mudar se eu apoiar um ou outro?”, completou.