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Estado de Minas CPI DA COVID

Pol�tica atrapalhou a��o conjunta de cidades da RMBH, diz Jackson Machado

Secret�rio de Sa�de da capital mineira dep�s nesta quinta-feira � CPI da COVID em BH, na C�mara Municipal, na condi��o de convidado


24/06/2021 13:15 - atualizado 24/06/2021 14:18

Secretário Jackson Machado depôs remotamente à CPI da COVID em BH(foto: Câmara Municipal de Belo Horizonte/Divulgação)
Secret�rio Jackson Machado dep�s remotamente � CPI da COVID em BH (foto: C�mara Municipal de Belo Horizonte/Divulga��o)

Secret�rio Municipal de Sa�de de Belo Horizonte, Jackson Machado dep�s nesta quinta-feira (24) � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID em BH, na C�mara Municipal da capital mineira.

Na condi��o de convidado e remotamente, ele falou por cerca de tr�s horas e prestou contas a respeito dos gastos da Prefeitura de Belo Horizonte desde mar�o de 2020, quando a pandemia do coronav�rus teve in�cio, e sobre outros temas relativos ao combate na cidade.

Um dos principais pontos abordados diz respeito ao enfrentamento � COVID-19 na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Ao ser questionado pelo relator, o vereador Irlan Melo (PSD), Jackson Machado afirmou que quest�es pol�ticas impediram uma a��o conjunta.

“V�rias vezes n�s fizemos as propostas de que essa a��o fosse uma a��o conjunta, mas, obviamente, h� quest�es pol�ticas que impedem que determinados prefeitos assumam a postura de fechar sua cidade, de limitar as atividades na cidade, com receio de implica��es pol�ticas. O que, felizmente, nosso prefeito n�o tem medo de fazer”, afirmou.

Irlan seguiu com o questionamento, e Jackson disse: “N�o foi uma vez s� que sugerimos, inclusive com telefonemas ao secret�rio municipal de Sa�de de Contagem, Santa Luzia e outros munic�pios – Nova Lima mais de uma vez –, que fiz�ssemos uma a��o conjunta, principalmente no que se refere � atividade de bares e restaurantes, que poderiam ter sido todas limitadas simultaneamente. Belo Horizonte faz divisa com (Ribeir�o das) Neves, Nova Lima e outras cidades com apenas uma rua, atravessando a rua voc� est� em outro munic�pio”.

Em certos momentos, desde março de 2020, enquanto BH limitava a atividade comercial, cidades como Nova Lima liberavam abertura de bares e restaurantes, por exemplo(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
Em certos momentos, desde mar�o de 2020, enquanto BH limitava a atividade comercial, cidades como Nova Lima liberavam abertura de bares e restaurantes, por exemplo (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)

Outros assuntos

Um ponto que elevou os �nimos na reuni�o diz respeito ao funcionamento de uma cl�nica de est�tica da filha do secret�rio durante a pandemia de COVID-19. O vereador Jos� Ferreira (PP) questionou alguns pontos a respeito, o que desagradou Jackson Machado e outros parlamentares.

“Ela � s�cia de uma cl�nica de est�tica que n�o funcionou durante grande parte da pandemia, quando as atividades ficaram fechadas, e nunca recebeu nenhum centavo de dinheiro p�blico”, tamb�m dizendo que n�o houve mudan�a no Cadastro Nacional da Pessoa Jur�dica (CNPJ).

“Qual a rela��o entre minha vida pessoal e o questionamento da pandemia?”, disse Jackson, posteriormente.

Jos� Ferreira respondeu e disse que tinha liga��o com o objeto da CPI, o que provocou o vereador Bruno Miranda (PDT), que interrompeu o colega.

“Que nexo que tem a empresa da filha do Jackson com a pol�tica municipal de enfrentamento � COVID? Se voc� me explicar o nexo, a gente pode seguir, se n�o fica dif�cil”.

Posteriormente, o presidente da CPI, vereador Professor Juliano Lopes (PTC), disse que os documentos pedidos por Jos� Ferreira ser�o apurados, j� que s�o p�blicos.

Jos� Ferreira, depois de falas de Irlan Melo e de Nikolas Ferreira (PRTB), desculpou-se sobre a forma como fez a pergunta e a devida solicita��o.

Falta de diálogo entre cidades ajuda na falta de controle na circulação de pessoas(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Falta de di�logo entre cidades ajuda na falta de controle na circula��o de pessoas (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)


A atua��o do governo federal na pandemia de COVID-19 tamb�m causou alvoro�o durante a reuni�o. Bruno Miranda citou algumas falas do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro (sem partido), e a opini�o de Jackson Machado acerca do posicionamento do governante.

“� lastim�vel que n�s brasileiros estejamos achando que morrerem 2 mil pessoas por dia por uma doen�a preven�vel seja normal. N�o � normal morrer 2 mil pessoas por dia por uma doen�a que pode ser prevenida atrav�s da vacina. E uma pessoa que minimiza o impacto de uma doen�a grave na popula��o diante de tantas mortes no pa�s �, no m�nimo, na minha opini�o, seja leviano. Falta sensibilidade para que o assunto seja levado para a seriedade que merece”, afirmou o secret�rio.

Posteriormente, Nikolas Ferreira se incomodou com o pedido de opini�o, assim como Fl�via Borja (Avante), que havia pedido quest�o de ordem durante a pergunta. Professor Juliano Lopes se exaltou e pediu para a CPI n�o ser “pol�tica para 2022”, dizendo que poderia cortar o direito � fala caso assim entendesse.

“Minha pergunta foi justamente porque Belo Horizonte se encontra no Brasil, n�o estamos numa ilha”, disse Bruno Miranda, posteriormente. O presidente da CPI discordou e achou o ato desnecess�rio, al�m de se desculpar pela exalta��o.

Jackson Machado tamb�m informou no depoimento que pediu � Procuradoria Geral do Munic�pio de Belo Horizonte (PGM-BH) uma apura��o em casos suspeitos de “fura-filas” da vacina��o contra a COVID-19 entre servidores municipais da Sa�de.

“Pedi � Procuradoria do Munic�pio que apurasse se houve fura-fila na vacina��o de cinco funcion�rios aqui que participam de atividades nas Unidades de Pronto Atendimento. Mas eu n�o fiz ju�zo de valor, pedi para a Controladoria que fizesse essa apura��o, mas ainda n�o sei o resultado dessa apura��o”.

Nova convoca��o

O depoimento, que durou entre 9h30 e 12h30, n�o contou com a participa��o de todos os vereadores inscritos para fala, sendo um deles – Jorge Santos (Republicanos) – at� titular da CPI.

Diante disso e de outros pontos ainda a serem tratados, como abertura de certos shoppings em meio � pandemia, Professor Juliano Lopes afirmou que Jackson Machado ser� convidado novamente.

Outro ponto que causou inc�modo foi o fato de Jackson Machado estar depondo de forma remota, o que � poss�vel j� que a CPI � semipresencial.

Contudo, a vereadora Fernanda Pereira Alto� (Novo) acusou o secret�rio de receber aux�lio indevido. Diante disso, Juliano Lopes disse que todos os depoimentos de agora em diante ser�o presenciais, mesmo que a comiss�o seja mista.

Pr�xima reuni�o

A pr�xima reuni�o da CPI da COVID em BH vai acontecer na quinta-feira (1º/7). Wanderson Oliveira, secret�rio de Servi�os Integrados de Sa�de no Supremo Tribunal Federal (STF), vai depor na condi��o de convidado.

Segundo trecho do requerimento de abertura, a CPI apura “a atua��o e utiliza��o de recursos p�blicos pela Prefeitura de Belo Horizonte no enfrentamento da pandemia da COVID-19 no munic�pio”.

A comiss�o foi aberta em 10 de maio deste ano e instalada no dia 27 do mesmo m�s.


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