
Ao tomar conhecimento da informa��o por meio de um colega, Salles viu que sua perman�ncia no governo era insustent�vel.
Na conversa com o presidente Jair Bolsonaro, na quarta-feira, um dia depois de ser informado sobre o risco de pris�o, o ainda ministro agradeceu a confian�a, mas disse que n�o tinha mais como continuar na equipe. Bolsonaro pediu, por�m, que ele ficasse e enfrentasse o Supremo. Segundo o Estad�o apurou, Salles respondeu que, al�m de levar a crise para o centro do governo, temia pela seguran�a da m�e, tamb�m investigada.
A Pol�cia Federal apura opera��es financeiras de Salles, tendo como base o escrit�rio de advocacia do qual ele � s�cio com a m�e, em S�o Paulo. O inqu�rito foi autorizado pelo Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). A suspeita � de que Salles atuava no cargo para favorecer madeireiros que desmatam a Amaz�nia, abrindo caminho para o contrabando de madeira ilegal. Ele nega irregularidades.
O pedido de pris�o teria como fundamento suspeitas de que Salles estaria atuando para prejudicar as investiga��es. Ao pedir demiss�o, Salles esvaziou essa justificativa, uma vez que n�o tem mais poder algum na pasta. Al�m disso, o processo pode deixar o Supremo. O ministro Alexandre de Moraes analisa se existe mais algum investigado com prerrogativa de foro para manter o caso sob sua relatoria. Caso contr�rio, a investiga��o ter� que ser enviada para a Justi�a Federal do Distrito Federal ou do Amazonas.
A ministra C�rmen L�cia, relatora de um outro inqu�rito contra Salles no Supremo, determinou que ele entregasse seu passaporte � Pol�cia Federal para n�o deixar o Pa�s. A defesa do ex-ministro afirmou que o documento foi entregue na tarde de ontem. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.