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Estado de Minas POL�TICA

Luis Miranda (DEM-DF) sugere que h� grava��o de Bolsonaro sobre esquema da vacina

Em entrevista neste s�bado ao site O Antagonista, Miranda afirmou que tem como provar suas declara��es


26/06/2021 16:43 - atualizado 26/06/2021 20:02

Miranda reclamou, ainda, dos ataques recebidos por parte dos filhos de Bolsonaro, que o qualificam como traidor por ter denunciado a compra fraudulenta.(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Miranda reclamou, ainda, dos ataques recebidos por parte dos filhos de Bolsonaro, que o qualificam como traidor por ter denunciado a compra fraudulenta. (foto: Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)
No centro das den�ncias de desvios na compra da vacina indiana Covaxin, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sugeriu neste s�bado, pela segunda vez, que existe uma grava��o que comprova que o presidente Jair Bolsonaro foi informado sobre o suposto esquema no Minist�rio da Sa�de. Segundo ele, se Bolsonaro desmenti-lo, o presidente ter� uma "surpresa m�gica".

Miranda e o irm�o, o servidor do Minist�rio da Sa�de Luis Ricardo Miranda, denunciaram ontem � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid supostas irregularidades na compra da vacina. No depoimento, eles disseram ter avisado Bolsonaro h� tr�s meses sobre as suspeitas e sobre uma "press�o at�pica" para acelerar a importa��o. Na conversa, Bolsonaro teria citado o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), l�der do governo na C�mara, como o parlamentar que queria fazer "rolo" no minist�rio.

As declara��es de Miranda elevaram a press�o sobre o governo. Ontem mesmo, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comiss�o ir� analisar a possibilidade de comunicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ocorr�ncia de suposto crime prevarica��o de Bolsonaro, por n�o ter agido contra o esquema.

Em entrevista neste s�bado ao site O Antagonista, Miranda afirmou que tem como provar suas declara��es. Questionado se n�o seria a palavra do presidente contra a sua, ele afirmou que Bolsonaro, nesta situa��o, "vai ter uma surpresa m�gica". "Se ele fizer isso (questionar minha vers�o), vou ter que fazer algo que nunca um parlamentar deve ter que fazer contra o presidente", afirmou o deputado. "Mas a� ele vai ficar constrangido, muito, porque eu tenho como provar. Mas na hora certa."

Miranda reclamou, ainda, dos ataques recebidos por parte dos filhos de Bolsonaro, que o qualificam como traidor por ter denunciado a compra fraudulenta. "Se ele (Bolsonaro) fizer isso, a gente vai ter que provar de um jeito que � totalmente desfavor�vel para o resto da carreira pol�tica dele. Se precisar, a gente prova. S� isso", disse Miranda, em refer�ncia � possibilidade de Bolsonaro contradizer sua vers�o.

Na entrevista, Miranda tamb�m n�o negou a exist�ncia de uma grava��o da conversa com Bolsonaro. "Tinha tr�s pessoas na sala. Eu, como parlamentar, n�o gravaria. Mas vamos mudar este assunto, por favor?", desconversou. A terceira pessoa na sala era justamente o servidor Luis Ricardo, irm�o do deputado.

Esta foi a segunda vez que Miranda passou indica��es de que existe uma grava��o da conversa com o presidente. Em seu depoimento � CPI na sexta-feira, durante v�rias horas, ele evitou revelar aos senadores que o deputado supostamente envolvido no esquema era o l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros. Em suas respostas, Miranda dizia n�o se lembrar do nome do deputado citado por Bolsonaro.

Durante questionamento do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, Miranda afirmou que "tinha mania de gravar algumas conversas, mas eu n�o gravo conversa com o presidente...". Na sequ�ncia, cometeu um ato falho: "Mas posso procurar na grava��o (o nome do deputado do esquema), assim o presidente (Bolsonaro) tamb�m n�o poderia me desmentir, n�?"

Ao contr�rio dos demais imunizantes, negociados diretamente com seus fabricantes (no Pa�s ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. A empresa virou alvo da CPI, que autorizou a quebra dos sigilos telef�nico, telem�tico, fiscal e banc�rio de um de seus s�cios, Francisco Emerson Maximiano. O depoimento do empres�rio na comiss�o estava marcado para esta semana, mas ele alegou estar em quarentena ap�s voltar da �ndia e n�o compareceu.

Al�m da Precisa, Maximiano � presidente da Global Sa�de, empresa que j� foi alvo de a��o por irregularidades em contrato com o Minist�rio da Sa�de em 2018. A den�ncia foi apresentada pelo Minist�rio P�blico Federal do Distrito Federal � �poca em que Ricardo Barros, hoje l�der do governo Bolsonaro, era ministro. Na ocasi�o, a pasta pagou R$ 20 milh�es para comprar rem�dios de alto custo a pacientes com doen�as raras, mas os produtos nunca foram entregues.


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