O l�der do governo na C�mara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), voltou a negar neste domingo, 27, qualquer envolvimento no contrato firmado pelo governo federal para aquisi��o da vacina Covaxin contra a covid-19. Em depoimento prestado � CPI da pandemia na �ltima sexta-feira, 25, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse que o presidente Jair Bolsonaro atribuiu a Barros a responsabilidade por eventuais irregularidades no processo de compra do imunizante indiano, a Covaxin.
Segundo Barros, a conversa relatada na CPI por Miranda seria sobre um processo judicial do tempo em que era ministro da Sa�de. "Do ainda impreciso di�logo com o presidente da Rep�blica, na transcri��o da CPI, o caso em quest�o seria sobre a empresa Global e a compra de medicamentos n�o entregues. Trata-se de processo judicial, em que provo a minha conduta em favor do SUS, quando fui ministro da Sa�de", disse por meio do Twitter e tamb�m em nota divulgada � imprensa.
O presidente da Global Sa�de � o empres�rio Francisco Emerson Maximiano, que � tamb�m um dos s�cios da Precisa Medicamentos, que intermediou a compra da Covaxin pelo Brasil, e virou alvo da CPI da Covid. A Global j� foi alvo de a��o por irregularidade em contrato com o Minist�rio da Sa�de em 2018 � �poca em que Barros era ministro. Na ocasi�o, a pasta pagou R$ 20 milh�es para comprar rem�dios de alto custo a pacientes com doen�as raras, mas os produtos nunca foram entregues.
"Embora a Global seja s�cia da Precisa Medicamentos, em an�lise pela CPI, esse processo em nada se relaciona com a aquisi��o de vacinas da Covaxin. N�o participei de qualquer negocia��o para a compra desse produto", enfatizou Barros.
O l�der do governo disse que est� "evidente que n�o h� dados concretos ou mesmo acusa��es objetivas" contra ele, inclusive pelas entrevistas dadas neste final semana pelos irm�os Miranda, numa refer�ncia ao deputado Luis Miranda e seu irm�o e servidor do minist�rio da Sa�de, Luis Ricardo Miranda.
"Reafirmo minha disposi��o de prestar os esclarecimentos a CPI da Covid e demonstrar que n�o h� qualquer envolvimento meu no contrato de aquisi��o da Covaxin", disse Barros.
Barros reafirmou ainda que n�o foi sua a indica��o da servidora Regina C�lia para o cargo no minist�rio da Sa�de. A servidora seria respons�vel por fiscalizar o contrato do minist�rio com a Covaxin e foi apontada na CPI como indicada de Barros para o posto. Ela teria dado aval para a negocia��o com o imunizante indiano. "Ela � servidora concursada desde 1995, n�o podendo haver escolha ou n�o de sua participa��o na rotina do Minist�rio da Sa�de. Ocupou mais de 5 cargos de livre nomea��o em 4 gest�es presidenciais anteriores ou ao longo do per�odo de seis ministros da Sa�de ao longo de sua carreira", disse.
O deputado ainda esclareceu que sua defesa p�blica em favor de mais agilidade por parte da Anvisa e da oferta de imunizantes e produtos para o combate � covid seria uma obriga��o como ex-ministro da Sa�de, al�m do fato de ser presidente da Frente Parlamentar da Ind�stria P�blica de Medicamentos desde 2015.
Sobre a emenda, de sua autoria, � Medida Provis�ria que viabilizou a importa��o da vacina Covaxin, Barros lembra que o "tema foi motivo de emendas de oito parlamentares, entre eles o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz". "O Legislativo deve fazer sua parte para o acesso �s melhores pr�ticas e benef�cios e amplia��o do atendimento � popula��o. Reitero que sempre busquei a transpar�ncia e o di�logo na minha vida p�blica e me coloco � disposi��o para quaisquer esclarecimentos � apura��o da CPI."
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