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Estado de Minas Investiga��o

Com Wizard, CPI da COVID quer unir elos de 'assessoria paralela'

Empres�rio considerado pe�a-chave de suposto aconselhamento particular do presidente na pandemia ser� ouvido, nesta quarta-feira, pelo colegiado do Senado


28/06/2021 04:00 - atualizado 28/06/2021 07:16

Depoimento de Carlos Wizard teve de ser remarcada pelo comitê, que pediu confisco de passaporte, além de quebra dos sigilos telefônico e fiscal (foto: Miguel Schincariol/AFP - 11/7/19)
Depoimento de Carlos Wizard teve de ser remarcada pelo comit�, que pediu confisco de passaporte, al�m de quebra dos sigilos telef�nico e fiscal (foto: Miguel Schincariol/AFP - 11/7/19)

Os integrantes da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID se preparam para tomar, nesta quarta-feira, o depoimento do empres�rio Carlos Wizard Martins, suspeito de integrar o chamado minist�rio paralelo da sa�de. O grupo � apontado como respons�vel por orientar a��es do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ante a pandemia.

Enquanto isso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) promete registrar, hoje, not�cia-crime contra o presidente na Procuradoria-Geral da Rep�blica por crime de prevarica��o no caso Coxavin, de compra suspeita de vacina indina. Foi o tema dos depoimentos dos irm�os Miranda na semana passada. Fausto Junior (PRTB), integrante da Assembleia Legislativa do Amazonas e relator da investiga��o sobre a condu��o de medidas sanit�rias naquele estado, vai falar amanh� aos membros do comit� do Senado.

O encontro entre os senadores e Wizard, dono de empresas dos setores de educa��o, esportes e alimenta��o, est� agendado para come�ar �s 9h. Ele deve desembarcar hoje pela manh� no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Wizard fundou a maior rede de ensino de idiomas do Brasil, vendida para a empresa brit�nica Pearson. H�, sobre o suposto gabinete paralelo ligado ao Pal�cio do Planalto, ind�cios de participa��o na recomenda��o de medicamentos sem efic�cia comprovada para combater o coronav�rus, como a hidroxicloroquina, e simpatia � teoria da imunidade de rebanho, que deposita as esperan�as do fim de uma infec��o no cont�gio massivo.

O depoimento de Wizard havia sido marcado para o dia 17, mas ele estava nos Estados Unidos e n�o compareceu ao Senado. Segundo a defesa do empres�rio, a viagem foi feita para acompanhar o tratamento de sa�de de um parente. Em meio ao imbr�glio, ele passou a figurar na lista de pessoas investigadas pela CPI — dentro da linha de trabalho adotada pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL). Haveria condu��o coercitiva, mas Wizard garantiu que estar� em territ�rio nacional nesta quarta-feira.

O empres�rio tentou marcar oitiva por videoconfer�ncia, mas teve o pedido negado. O presidente do comit� de inqu�rito, Omar Aziz (PSD-AM), solicitou o confisco do passaporte do depoente. Tido como um dos financiadores das atividades do “gabinete paralelo”, o bilion�rio foi alvo de pedido de quebra de sigilos telef�nico, fiscal e telem�tico.

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues acredita que j� existem provas suficientes da exist�ncia do gabinete paralelo, nas palavras dele, “negacionista”, e da tentativa de p�r em pr�tica a imunidade de rebanho. “S� n�o t�nhamos informa��o, at� agora, de que tudo isso era por dinheiro. Que nesse esquema tudo tinha como alicerce um enorme e estruturado esquema de corrup��o”, disse, ap�s o depoimento dos irm�os Miranda sobre o caso Coxavin.

Den�ncia criminal 


Randolfe Rodrigues quer a a��o da PGR por causa da postura de Bolsonaro ante a suposta corrup��o na opera��o para a aquisi��o da vacina indiana. Ao lado do irm�o Luis Ricardo Miranda, servidor do Minist�rio da Sa�de, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse, na sexta-feira, que avisou  o presidente, em mar�o, sobre as suspeitas de irregularidades. O parlamentar sustentou que o chefe do Executivo Federal, em resposta, apontou poss�vel participa��o de seu l�der na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR).

Ainda na sexta-feira, Randolfe informou que a CPI analisa a possibilidade de comunicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a a��o de Bolsonaro. Ele refor�ou que elementos de crime de prevarica��o est�o � mesa. “O presidente da Rep�blica recebeu a comunica��o de um fato criminoso. N�o tomou as devidas provid�ncias para instalar inqu�rito ou para deter o continuar do delito”, protestou, acusando o governo de tentar intimidar testemunhas.

Desdobramento da apuração, senador Randolfe Rodrigues pretende registrar notícia-crime contra Bolsonaro na PGR alegando prevaricação (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 5/5/21)
Desdobramento da apura��o, senador Randolfe Rodrigues pretende registrar not�cia-crime contra Bolsonaro na PGR alegando prevarica��o (foto: Edilson Rodrigues/Ag�ncia Senado - 5/5/21)

O outro depoente da semana, Fausto Junior, relatou CPI instalada em maio do ano passado pelo Legislativo amazonense para apurar danos aos cofres p�blicos causados por gastos assumidos pelo governo de Wilson Lima (PSC) sob a justificativa de combater o v�rus. Segundo o texto final do comit� intitulado CPI da Sa�de, servidores p�blicos e pessoas ligadas ao setor privado se associaram em busca de vantagens financeiras, se aproveitando do relaxamento das a��es de fiscaliza��o das despesas. A comiss�o encerrou as atividades em setembro de 2020 — antes do caos do in�cio deste ano, quando Manaus e outras cidades colapsaram por falta de oxig�nio nos hospitais.





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