O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta ter�a, 29, que o pedido de prorroga��o do funcionamento da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid s� poder� ser analisado ao fim do prazo de 90 dias de funcionamento da comiss�o.
"A Presid�ncia considera que essa an�lise deve ser feita ao final do prazo de 90 dias da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito. E, por certo, ser� feita nessa ocasi�o", disse, durante a sess�o plen�ria desta ter�a-feira.
A afirma��o de Pacheco foi dada em resposta a uma quest�o de ordem apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que defendeu um prazo maior para que os trabalhos da comiss�o possam ser conclu�dos.
Como mostrou o Broadcast mais cedo, Pacheco resiste � press�o para prorrogar o prazo da CPI. Ele pretende esperar e avalia consultar os l�deres partid�rios da Casa para decidir sobre o adiamento.
Na segunda-feira, 28, o vice-presidente da comiss�o, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um requerimento para prorrogar os trabalhos da CPI por mais 90 dias. Se n�o houver recesso formal - cen�rio mais prov�vel - o prazo atual termina no dia 26 de julho.
Os senadores da oposi��o e alguns independentes afirmam que � preciso mais tempo para a apura��o, especialmente agora que o colegiado quer investigar um suposto esquema de corrup��o no governo federal com a compra de vacinas.
O pedido j� conta com 28 assinaturas, uma a mais que as 27 necess�rias. Para que o prazo seja prorrogado por mais tr�s meses, Rodrigo Pacheco precisa ler o requerimento em uma sess�o do plen�rio do Senado, assim como fez com a instala��o da CPI. Naquela ocasi�o, por�m, o presidente do Senado s� autorizou o funcionamento ap�s ser obrigado por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um novo apelo para o tribunal n�o � descartado por quem defende a prorroga��o. Pacheco tem argumentado que � preciso avaliar a "conveni�ncia" de dar um prazo a mais para a CPI. Al�m disso, o governo pode agir para retirar as assinaturas antes da leitura no plen�rio e barrar a prorroga��o.
A CPI quer investigar a liga��o do l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), com a compra de outras vacinas pelo Minist�rio da Sa�de, al�m da Covaxin. Nos tr�s casos, o quadro � parecido: vacinas mais caras compradas de laborat�rios internacionais por meio de intermedi�rios no Brasil, pr�ximos do l�der do governo. Al�m da Covaxin, as outras duas negocia��es envolvem a russa Sputnik V e a chinesa Convidecia. As suspeitas podem refor�ar um pedido de convoca��o do deputado. Barros nega irregularidades.
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