Pacheco: 'superpedido' de impeachment contra Bolsonaro n�o pode ser banalizado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o "superpedido" de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, apresentado � C�mara dos Deputados na quarta-feira (30), "n�o pode ser banalizado". Segundo ele, cabe agora ao presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), trabalhar com responsabilidade e analisar o documento "� luz de muita t�cnica e de muita profundidade. Inclusive, em respeito �queles que protocolaram outros pedidos de impeachment", pontuou, em entrevista � CBN.

Pacheco avaliou que o governo Bolsonaro passa por um "momento de dificuldade", mas que elas n�o adv�m apenas das recentes acusa��es contra o presidente na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid de suposta fraude nos contratos de compra da vacina Covaxin. "� um problema maior da Na��o, o enfrentamento � pandemia e a forma como lidamos com ela", declarou.

Conforme an�lise, o governo, "como todos os pa�ses do mundo", acumulou erros e acertos no combate � covid-19. Dentre os erros, Pacheco destaca o atraso no cronograma de vacina��o nacional, a dificuldade de acesso �s vacinas, as trocas sucessivas de ministros da Sa�de e a falta de alinhamento entre o governo com Estados e munic�pios.

Para ele, diante das mais de meio milh�o de mortes por covid-19 no Brasil, � necess�rio identificar os respons�veis pelos erros cometidos na pandemia, mas tamb�m � preciso olhar adiante. "At� porque n�s n�o podemos subestimar uma terceira onda da doen�a".

Ao mesmo tempo em que reconhece ser um momento de dificuldade para o governo, o presidente do Senado tamb�m acena que � um momento de "pacifica��o e di�logo permanente", uma vez que avalia que, antes de ser uma crise no governo, � uma crise nacional. Segundo Pacheco, como presidente do Senado, cabe a responsabilidade de encontrar solu��es.

"Mantenho o di�logo permanente com o governo federal, com o pr�prio presidente da Rep�blica, com o presidente da C�mara, com o presidente do Supremo, para encontrarmos, nesse momento que n�s estamos vivendo, de crise de desbastamento das rela��es, uma forma de encontrar m�todos de consenso para poder avan�ar projetos".