
Dominguetti exibiu um �udio atribu�do a Luis Miranda. O deputado foi � sala da CPI e teve que ser contido por colegas e pela Pol�cia Legislativa do Senado. Ele foi para uma sala reservada conversar com alguns membros da CPI. O vice-presidente da comiss�o, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determinou a reten��o do celular do depoente para per�cia pela Pol�cia do Senado, ap�s um pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da investiga��o. Dominguetti afirma que no �udio, o parlamentar tentava intermediar a compra de vacinas. Segundo Miranda, a conversa tratava de aquisi��o de luvas e n�o de vacinas e foi enviado em outubro de 2020.
O deputado Luis Miranda se tornou piv� na CPI ap�s ter dito que alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre um suposto esquema de corrup��o na compra da vacina indiana da Covaxin. Os senadores suspeitam de uma tentativa do governo do presidente Jair Bolsonaro de tentar "virar o jogo" na investiga��o. Renan Calheiros afirmou que o governo tenta atrapalhar a apura��o, citando tamb�m uma estrat�gia de abrir inqu�rito na Pol�cia Federal e barrar o depoimento de investigados na CPI, entre eles o do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, que negociou a compra da Covaxin.
"Essa CPI n�o vai aceitar esse tipo de coisa. N�s n�o estamos aqui para isso. Estamos aqui para investigar. Esses genocidas que causaram tanta dor ao Brasil v�o ser responsabilizados sim, haja o que houver", declarou Renan, em bate-boca com a tropa de choque do Pal�cio do Planalto na CPI. De acordo com o relator, a PF "foi usada" ao abrir o inqu�rito. Os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Marcos Rog�rio (DEM-RO), aliados de Bolsonaro, rebateram a declara��o e afirmaram que PF transformou Maximiano em investigado ap�s a quebra de sigilo determinada pela comiss�o.
'Melhorar o valor'
Dominguetti relatou na CPI que foi pressionado a "melhorar esse valor, para cima" durante a negocia��o para venda de vacinas contra a covid-19 ao Minist�rio da Sa�de. Ele reafirmou nesta quinta-feira ter recebido um pedido de propina de US$ 1 d�lar por dose do ex-diretor de Log�stica em Sa�de do minist�rio Roberto Ferreira Dias, exonerado ontem do cargo. De acordo com ele, o pedido de propina foi feito apenas por Dias durante as negocia��es, em um jantar no dia 25 de janeiro. O vendedor negou que outra pessoa do Minist�rio da Sa�de ou do governo tenha feito uma solicita��o parecida.
Dominguetti tentou vender 400 milh�es de doses da AstraZeneca a US$ 3,50 por unidade ao governo brasileiro. De acordo com ele, o ent�o diretor do minist�rio afirmou que "a vacina, naquele valor, n�o seria feita pelo minist�rio, temos que melhorar esse valor". "� para cima, � para mais, a� se pediu que tem que se comprar dentro do minist�rio e se pediu esse acr�scimo de 1 d�lar por dose. Eu j�, de imediato, eu j� disse que n�o tinha como fazer", afirmou no depoimento � CPI.
'Militar infiltrado'
"Dominguetti � militar infiltrado que apresentou um �udio de 2020 para implicar Luis Miranda e seu irm�o. Todos devem ser rigorosamente investigados. Dominguetti precisa sair preso da CPI por sabotar as investiga��es. Isso � um esc�ndalo e tem a digital do Planalto". A frase � do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), em publica��o no Twitter, sobre o �udio veiculado pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira durante seu depoimento na CPI.