
Antes de comparecer � missa, em conversa com apoiadores na sa�da do Pal�cio da Alvorada, Bolsonaro retomou o tom de amea�a que adotou no in�cio do ano, ao comentar a invas�o do Capit�lio por ativistas ligados ao ex-presidente Donald Trump, que resistia � posse de Joe Biden sob o argumento de que houve fraude no processo eleitoral.
Sem mencionar nomes, o presidente tamb�m reclamou de "tr�s ministros" do Supremo Tribunal Federal (STF) que estariam empenhados numa "articula��o" para barrar a impress�o do voto. De acordo com Bolsonaro, caso o voto impresso n�o seja implementado no pleito de 2022, "eles (os ministros) v�o ter que apresentar uma maneira de ter elei��es limpas".
"Dinheiro tem, j� est� arranjado dinheiro para as elei��es, para comprar impressoras", insistiu Bolsonaro.
No �ltimo fim de semana, presidentes de 11 partidos se reuniram e fecharam posicionamento contra o voto impresso nas elei��es de 2022. Os caciques das legendas, incluindo os da base do presidente Bolsonaro no Congresso, decidiram derrubar a proposta discutida na C�mara e patrocinada pelo chefe do Planalto.
Conforme o Estad�o/Broadcast Pol�tico apurou, os ministros Lu�s Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atuaram para demover os partidos da ideia de aprovar o voto impresso. Moraes assumir� a presid�ncia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no per�odo das elei��es presidenciais e Barroso � o atual chefe da Corte eleitoral.
A reviravolta ocorre no momento em que Bolsonaro � alvo da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva lidera pesquisas de inten��o de voto para o pr�ximo ano.
O Estad�o revelou no in�cio do m�s passado que a PEC tinha votos suficientes para avan�ar na comiss�o especial da C�mara. A articula��o, por�m, enfrentou resist�ncia e agora os partidos prometem se movimentar pela rejei��o da PEC com os deputados, ou at� mesmo engavet�-la. Os 11 partidos que mobilizaram o encontro virtual representam 326 deputados entre os 513 integrantes da C�mara, n�mero suficiente para derrubar a medida.
A missa n�o estava prevista na agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro e contou ainda com a presen�a de outros parlamentares aliados, entre eles os deputados Evair de Mello (PL-MG), Eros Biondini (PROS-MG), General Peternelli (PSL-SP), Sanderson (PSL-RS), Diego Garcia (Podemos-PR) e General Gir�o (PSL-RN).