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Estado de Minas ESTATAL

ALMG: em reuni�o com 'cabide', oposi��o questiona contratos da Cemig

Deputada Beatriz Cerqueira, do PT, apontou acordos firmados sem licita��o; Cleitinho, do Cidadania, levou cabide de roupas para ''embasar'' pergunta


01/07/2021 18:27 - atualizado 01/07/2021 20:23

Sede da Cemig: contratos firmados pela empresa foram questionados na Assembleia Legislativa(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Sede da Cemig: contratos firmados pela empresa foram questionados na Assembleia Legislativa (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O presidente da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), Reynaldo Passanezi, foi questionado, nesta quinta-feira (1°/7), sobre contratos firmados pela estatal. Durante sabatina promovida pela Assembleia Legislativa, a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) apontou acordos que teriam sido firmados sem licita��o, como tratos para a loca��o de im�veis, servi�os jur�dicos, capta��o de executivos para cargos estrat�gicos.

O deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania), que comp�e o bloco parlamentar independente, aproveitou a oportunidade para mostrar, ao presidente da Cemig, um cabide de roupas. Ele usou o instrumento para perguntar ao executivo sobre a exist�ncia, na estatal, de funcion�rios indicados por pol�ticos e outras autoridades.

Segundo Beatriz Cerqueira, para contratar a IBM, empresa de call center, foram gastos cerca de R$ 1 bilh�o. Para quatro escrit�rios de advocacia, mais R$ 6 milh�es.

Beatriz citou, ainda, R$ 145 mil utilizados para a loca��o de im�vel em S�o Paulo, R$ 170 mil para recrutar uma empresa que trabalhou na prospec��o de executivos e mais R$ 156 mil que subsidiaram servi�o de aconselhamento da presid�ncia da companhia. Outro trato mencionado pela petista, de R$ 150 mil, diz respeito a parecer sobre a contrata��o de dirigentes para ocupar cargos da alta c�pula da companhia.

Passanezi, por seu turno, lembrou que a inexigibilidade de licita��es em alguns casos � legalmente respaldada. O executivo afirmou, ainda, que a Cemig diminuiu o n�mero de contrata��es do tipo.

Os questionamentos foram feitos tr�s dias ap�s o Parlamento estadual preencher os cargos de presidente, vice e relator da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que vai investigar atos da administra��o da estatal energ�tica. Nos itens citados no escopo da comiss�o est�, justamente, o exame de contratos.

“Como consigo compreender a gest�o do partido Novo, que vem na l�gica da efici�ncia, da transpar�ncia e da responsabilidade com dinheiro p�blico, e faz volume consider�vel de contrata��es sem competitividade? Sem licita��o quer dizer isso: n�o foi dado o direito � competitividade para que essas contrata��es acontecessem”, disse Beatriz Cerqueira, em men��o � legenda do governador Romeu Zema.

Para justificar o modelo adotado pela Cemig, Reynaldo Passanezi, afirmou que 96% das aquisi��es da empresa s�o fruto de preg�es eletr�nicos. Segundo ele, na gest�o de Fernando Pimentel (PT), 82% das contrata��es foram feitas por leil�o. 

“Inexigibilidade � prevista em lei. Temos diminu�do a quantidade de inexigibilidades se comparado ao passado. Contrata��es diretas, claramente, hoje s�o bastante menores que no passado”.

Deputado leva ‘cabide’


Cleitinho, o deputado que levou � audi�ncia desta quinta um cabide, recebeu de Reynaldo Passanezi a garantia de que a Cemig n�o tem, em seus quadros, funcion�rios indicados por crit�rios alheios ao desempenho profissional.

“N�o h� cabide de empregos. Ao contr�rio: s�o pessoas t�cnicas, de �tima forma��o. Um corpo hist�rico dentro da companhia, que me gera muito orgulho”, falou.

O sal�rio de integrantes da c�pula da empresa foi questionado por Beatriz Cerqueira. “Como a gente explica � sociedade mineira um estado que n�o consegue pagar em dia o sal�rio da professora, pratica sal�rios de mais de R$ 100 mil e contrata conselheiros a R$ 156 mil?”.

Em resposta, o presidente argumentou que a remunera��o da diretoria � atribui��o do conselho administrativo e da assembleia de acionistas da companhia.

Sem adiantar estrat�gias


Os deputados estaduais que comp�em a CPI da Cemig evitaram adiantar, na sabatina desta quinta, as estrat�gias adotadas pelo comit� investigativo. Durante a reuni�o com parlamentares, Passanezi teve tempo para esmiu�ar a��es positivas da companhia e ouvir pedidos de provid�ncias sobre a resolu��o de demandas regionais.

Al�m do exame de contratos, a comiss�o de inqu�rito quer apurar a transfer�ncia de atividades administrativas da empresa para S�o Paulo. A estatal vendeu participa��es que detinha nas energ�ticas Light e Renova; agora, anunciou leil�o para se desfazer da parte que lhe cabe na transmissora Taesa, controlada em parceria com a colombiana ISA. As aliena��es tamb�m est�o na mira da CPI. Deputados temem que as vendas j� concretizadas tenham gerado danos aos cofres p�blicos.

Nesta quinta, o Estado de Minas mostrou que o vice-presidente do grupo, Professor Cleiton (PSB), prepara requerimento para informar ao mercado financeiro que a opera��o em torno da Taesa est� sob investiga��o.

Atra��o de investimentos


Antes do debate com Reynaldo Passanezi, os deputados estaduais conversaram com Fernando Passalio, secret�rio de Estado de Desenvolvimento Econ�mico. Segundo ele, Minas Gerais atraiu R$ 129 bilh�es em investimentos de 2019 a 2012. As inje��es geraram 61.705 empregos diretos.

A Cemig prev� R$ 22,5 bilh�es em investimentos deste ano a 2025. Os recursos ser�o injetados em processos de gera��o, distribui��o e transmiss�o de energia. O presidente da estatal comemorou o fato de a conta de luz n�o sofrer reajustes h� dois anos. 

A ideia da companhia �, at� 2027, ter 200 novas subesta��es de energia em solo mineiro. Vinte e tr�s delas devem entrar em funcionamento j� neste ano. O aumento � visto como essencial para aprimorar o atendimento dado a clientes situados nas �reas rurais.

 

"O objetivo � que, em vez de perguntar quanto tempo demora uma nova conex�o, por exemplo, termos conex�o dispon�vel para quem quiser investir em Minas. Dessa forma, vamos praticamente eliminar a demanda por energia em nosso estado", pontuou Passanezi.

Na mira, ainda, interven��es para converter as redes monof�sicas de energia em trif�sicas. Assim, sustenta a Cemig, pequenos produtores agr�colas poder�o expandir os neg�cios.


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