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Estado de Minas POL�TICA

Orienta��o de Leite ter� peso maior nas elei��es, diz cientista pol�tico

Governador do Rio Grande do Sul revelou nesta quinta-feira (1�/7) ser gay; ele � pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSDB


02/07/2021 14:54 - atualizado 02/07/2021 16:07

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumiu ser gay em entrevista nesta quinta-feira (1º/7)(foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumiu ser gay em entrevista nesta quinta-feira (1�/7) (foto: Felipe Dalla Valle/Pal�cio Piratini)
A declara��o sobre a orienta��o sexual do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), na quinta-feira (1º/7), que assumiu ser gay, ter� um efeito nas elei��es de 2022, caso o gestor estadual seja candidato ao pleito do ano que vem. A avalia��o � do cientista pol�tico Aldo Fornazieri, professor da Funda��o Escola de Sociologia e Pol�tica (FESPSP). No entanto, o impacto positivo ou negativo, como sugere, vai depender do teor pol�tico de sua campanha eleitoral e da forma como o governador vai se posicionar sobre o tema.

"Tem um espa�o de capitaliza��o e perda, e isso vai depender muito dele", analisa. Conforme explica, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", o Brasil � um pa�s com forte cultura homof�bica, a exemplo das falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a declara��o do governador. Em conversa com apoiadores no Pal�cio da Alvorada na manh� desta sexta-feira (2/7), Bolsonaro afirmou que Leite est� "se achando o m�ximo" e observou que a orienta��o sexual seria um "cart�o de visita" para a candidatura do governador. No entanto, Fornazieri avalia que, para aqueles que defendem a causa LGBTQI+, o impacto ser� positivo por ter demonstrado coragem sobre o assunto.

"Vai depender muito de como ele vai se portar na campanha em rela��o a esse tema", afirma. Para o especialista, embora acredite que o governador deva se manifestar para refutar qualquer tipo de preconceito, Leite n�o tem que utilizar esse fato a seu favor na corrida presidencial. "Sua posi��o pessoal n�o deve servir como um cavalo de batalha na campanha, mas sim um posicionamento program�tico contra o preconceito", diz.

O cientista pol�tico relembra que, em 2018, o governador seguiu o discurso de seu partido e votou em Bolsonaro. Fornazieri pontua que, diante dessa postura, "fica uma retic�ncia". "A declara��o tem um valor em si, independentemente do fato de ele ter apoiado Bolsonaro, mas politicamente ele deve se explicar porque o apoiou", afirma. Por ser filiado a um partido tradicional como o PSDB, o professor comenta que a declara��o do gestor estadual � uma oportunidade para a legenda fazer uma autocr�tica p�blica.

De olho nas pr�vias da sigla, o cientista pol�tico analisa que a declara��o de Leite n�o deve ser definidora. "Deve pesar muito pouco porque � um p�blico de filiados e eles sabem a dimens�o de apoiar este ou aquele candidato", sugere. Para ele, o resultado das pr�vias deve se dar mais por fatores eleitorais, como programa e viabilidade pol�tica dos candidatos, do que posicionamentos pessoais.

A aposta do professor no resultado das pr�vias do PSDB � o principal advers�rio interno de Leite, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria. Para Fornazieri, Doria tem na vacina da Coronavac um ativo a apresentar nacionalmente. "Acho ainda que o Doria est� mais aparelhado retoricamente para o enfrentamento das elei��es, principalmente com o Bolsonaro", afirma. Segundo o cientista pol�tico, "um candidato mais tranquilo, como o Leite, n�o teria condi��es de entrar na polariza��o se for entre Lula e Bolsonaro". Independentemente do resultado das pr�vias, o professor aposta em uma elei��o com forte radicaliza��o.


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