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Estado de Minas Orienta��o sexual

"N�o � algo que me torne melhor ou pior", diz governador Eduardo Leite

Pr�-candidato a presidente, chefe do Executivo do Rio Grande do Sul fala ao Correio Braziliiense/EM sobre os motivos de ter se antecipado e declarado que � gay


06/07/2021 04:00 - atualizado 06/07/2021 07:21

Governador enfatiza que orientação sexual não é assunto de debate eleitoral(foto: Dalla Valle/Palácio Piratini %u2013 1/3/21)
Governador enfatiza que orienta��o sexual n�o � assunto de debate eleitoral (foto: Dalla Valle/Pal�cio Piratini %u2013 1/3/21)
Bras�lia – O an�ncio feito pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de sua orienta��o sexual, na �ltima quinta-feira no programa “Conversa com Bial”, da Rede Globo, teve o cond�o de precipitar o debate eleitoral de 2022 sobre quest�es envolvendo costumes e sexualidade.

Ao afirmar que “sou um governador gay, n�o sou um gay governador”, ele desarmou aquilo que poderia ser uma arma de advers�rios para tentar desqualific�-lo — e usar essa quest�o no jogo sujo das redes sociais, atrelando-a a mentiras. Nesta entrevista ao Correio Braziliense/Estado de Minas, o governador comenta os motivos que o levaram a falar sobre sua orienta��o sexual.

Ele disputa a indica��o do PSDB para a candidatura presidencial com o governador de S�o Pauylo, Jo�o Doria, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virg�lio Neto, nas pr�vias de novembro.

O PSDB n�o � partido que carrega um certo conservadorismo? Esse an�ncio do senhor vai prejudic�-lo nas pr�vias, em novembro?
Discordo que seja um partido conservador. Acho que tem uma vis�o mais progressista, mesmo que n�o seja a bandeira do partido. Mas sempre trabalhou em prol da diversidade. Nunca defendi voto em mim porque eu sou o jovem. Tamb�m n�o vou defender voto em mim porque sou gay. N�o � algo que me torne melhor ou pior, me torna diferente.
 
O senhor acha que n�o o prejudica nas pr�vias?
Tenho confian�a que n�o prejudica.

E junto ao eleitorado?
O mais importante de tudo � deixar claro que n�o tem nada a esconder. Para que fique claro que, mesmo sendo um tema ainda sens�vel para muitos, n�o h� nada a esconder. Se as pessoas est�o buscando integridade, podem ter certeza que do lado daqui tem um pol�tico que se apresenta por inteiro. Eu busquei, com esse movimento, ser absolutamente transparente em rela��o a um tema que eventualmente pode afastar determinados p�blicos. Mas (a minha orienta��o sexual) n�o � carro-chefe da campanha, nem da minha atua��o pol�tica. O que importa � a capacidade de tocar na vida dos outros. Agora, ter a coragem de publicamente falar sobre este tema, num pa�s que tem uma lideran�a homof�bica, como a do presidente (Jair Bolsonaro), a coragem, sim, pode ser um atributo que fa�a com que as pessoas votem em mim, mas n�o a orienta��o sexual.

''A coragem, sim, pode ser um atributo que fa�a com que as pessoas votem em mim, mas n�o a orienta��o sexual''



O senhor tem receio de que isso o prejudique, tendo em vista que o Brasil � um pa�s de homof�bicos?
Tive muito espa�o para mostrar minha capacidade de gest�o, minha capacidade pol�tica, estou tranquilo em rela��o ao que posso fazer para o pa�s. E se for um problema ainda para muita gente, paci�ncia. Algu�m tem que abrir esse caminho para mostrar que isso n�o � um assunto. Quantas mulheres, h� 100 anos, lutaram por representatividade feminina e elas n�o conseguiram, mas abriram caminho para outras? Ent�o, eventualmente, o meu papel � o de mostrar que isso � um 'n�o assunto', mesmo que para mim signifique n�o alcan�ar determinadas posi��es. Mas, talvez, esteja abrindo caminho para que, no futuro, algu�m possa. Estou menos preocupado com o resultado eleitoral, se vai me prejudicar, mas com um valor que para mim � muito importante, que � de honestidade e transpar�ncia. N�o tratei desse tema antes porque n�o era um tema nas outras campanhas. Mas, nesse caminho novo que se apresenta, se transformou num assunto, e por isso eu deixo claro para que n�o seja acusado, de forma nenhuma, de estar escondendo qualquer coisa.

O deputado federal A�cio Neves disse, em entrevista, que o PSDB tem que tomar cuidado para n�o deixar de existir. O senhor acha que o partido est� correndo risco de extin��o?
N�o entendo que haja um risco. O partido tem uma hist�ria. Mas, de fato, h� um momento pol�tico ainda diferente no pa�s que teve impacto nos partidos mais tradicionais. A gente veio de um ambiente de Lava-Jato, de frustra��es do eleitorado com os partidos tradicionais, que geraram a diminui��o dos partidos maiores. N�o h� uma preocupa��o de que o partido desapare�a, mas acho que � leg�timo que se tenha uma preocupa��o em como recuperar a conex�o com o eleitorado.

O senhor acha que o nome do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, depois da atua��o na pandemia em favor da vacina��o, j� deveria ter crescido mais nas pesquisas?
O tema a que a popula��o est� mais vinculada � a pandemia, no qual o governador mais teve evid�ncia. Tem que se entender que pesquisa n�o � elei��o. Mas, de fato, h� de se compreender porque, eventualmente, esse resultado nas pesquisas n�o se apresenta ao governador. Como eu disse e insisto, (Doria) tem meu respeito, acho que faz um governo importante, tem o seu m�rito nas vacinas. Mas, talvez, o eleitor esteja procurando algum outro tipo de caminho.



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