Lira n�o v� fato novo que justifique abertura de processo de impeachment

O presidente da C�mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), refor�ou o discurso de que n�o h� justificativa para votar um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Mesmo com as recentes den�ncias envolvendo o chefe do Executivo na compra da vacina Covaxin e em esquemas de "rachadinha", Lira avalia que "neste momento, n�o h� nenhum fato novo que justifique e que tenha alguma liga��o direta com o presidente da Rep�blica". "A n�o ser o fato de algum parlamentar ter dito que entregou um documento, que n�o justifica", acrescentou.

"N�o podemos institucionalizar impeachment no Brasil, temos que aprender a discutir esses assuntos com muita seriedade", declarou o presidente da C�mara � r�dio Jovem Pan. Para ele, o Pa�s "n�o pode ser instabilizado politicamente a cada presidente que � eleito". Segundo ele, a abertura de um processo neste momento "desestabilizaria a economia e pararia o Brasil".

Para Lira, os trabalhos apresentados pela Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid trouxeram "realidades" que j� est�o sendo investigadas pela comiss�o. "A Presid�ncia da C�mara tem o papel de atuar com imparcialidade e neutralidade e vai esperar o desenrolar dos acontecimentos", disse.

Reformas

Para vota��es importantes na Casa, Lira pontua que busca o consenso, tanto entre os parlamentares quanto com os setores da economia. Sobre a reforma tribut�ria, o presidente da C�mara avalia que chega num momento da discuss�o em que "as coisas tendem a subir um pouco a temperatura". "Mas eu costumo dizer aqui sempre com muita paci�ncia, com muita transpar�ncia, o assunto ser� discutido com os setores, com os setores produtivos, com o governo, com os entes federativos, com todos os que geram divisas e riquezas para o Pa�s", afirmou.

"Eu acho que a ideia � boa, o conceito � bom, mas �s vezes voc� erra na dosagem. Voc� aumenta alguma carga ali ou diminui alguma a��o aqui, que podem gerar algumas distor��es", pontuou.

Conforme Lira garante, "n�o teremos aumento de carga tribut�ria". "N�s vamos trabalhar para que a reforma seja neutra, sem a sanha arrecadat�ria da receita. Iremos desburocratizar, simplificar, dar seguran�a jur�dica, sem atrapalhar o crescimento do Brasil", afirmou.

Em rela��o ao projeto de lei da privatiza��o dos Correios, Lira afirmou que o relat�rio deve estar pronto nesta ter�a-feira, 6. Segundo ele, entre a segunda quinzena de julho e primeira semana de agosto, a mat�ria deve estar em Plen�rio para que seja discutida entre os parlamentares.

Voto impresso

Como uma pauta fortemente defendida pelo presidente Bolsonaro, Lira pondera que n�o tem queixa sobre a urna eletr�nica, mas que n�o v� problemas em ter auditagem "para acabar com a vers�o que est� posto na rua que tem fraude no sistema". "Muito melhor uma averigua��o matem�tica, calibrada, do que talvez uma elei��o questionada", comentou.

"O que temos que afastar s�o as vers�es. Tem muita vers�o sobre voto impresso, polariza��o sobre voto audit�vel, tem muitas situa��es que a popula��o tem tido informa��es muito divergentes", afirmou.